Autismo: A Cada Um O Seu Genoma

Tudo o que tinha sido pensado previamente sobre o autismo está sendo submetido a uma crítica radical. Clama-se que houve erro, denuncia-se o engano, visa-se uma reviravolta.
A ideia de uma causalidade psíquica é posta em dúvida - invocam-se doravante as bases genéticas do autismo, separando-as da produção psíquica. Estas e outras interrogações, à luz das pesquisas genéticas de última geração, são expostas neste volume.


O autismo está em questão, hoje mais do que nunca. Tudo o que tinha sido pensado previamente está sendo submetido a uma crítica radical.
Clama-se que houve erro, denuncia-se o engano, visa-se uma reviravolta. A ideia de uma causalidade psíquica é posta em dúvida: invocam-se doravante as bases genéticas do autismo, separando-as da produção psíquica.
Mas, do que se trata, efetivamente? Em que consistem essas pesquisas de ponta? Devemos observá-las mais de perto. Uma avalanche de elevadas tecnologias se compromete a identificar o determinante genético do autismo.
Suas manifestações clínicas são agrupadas, em seguida divididas em subgrupos, definem-se as regiões cromossômicas, tenta-se decifrar e mapear o genoma e suas variações.
Ora, a situação atual da pesquisa genética coloca em evidência que o código genético, em todas as suas vertentes, não libera uma causalidade única.
Bem ao contrário, o que temos é um foco em torno do individual. Se cada sujeito autista é, efetivamente, geneticamente determinado, tais determinantes são incessantemente diferentes, múltiplos e únicos ao mesmo tempo.
Bem mais do que gerenciar a repetição do mesmo, o determinismo genético encontra a questão da produção da diferença. As variações interindividuais, a definição da singularidade que está no cerne da psicanálise, tornam-se também questões cruciais para a genética — eis um cruzamento bem inesperado de dois campos que até então tinham tudo para serem antagônicos.
Prefigurariam esses novos problemas revelados pelo autismo uma revolução na concepção do determinismo que poderia afetar tanto a genética quanto a psicanálise?

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O autismo está em questão, hoje mais do que nunca. Tudo o que tinha sido pensado previamente está sendo submetido a uma crítica radical.
Clama-se que houve erro, denuncia-se o engano, visa-se uma reviravolta. A ideia de uma causalidade psíquica é posta em dúvida: invocam-se doravante as bases genéticas do autismo, separando-as da produção psíquica.
Mas, do que se trata, efetivamente? Em que consistem essas pesquisas de ponta? Devemos observá-las mais de perto. Uma avalanche de elevadas tecnologias se compromete a identificar o determinante genético do autismo.
Suas manifestações clínicas são agrupadas, em seguida divididas em subgrupos, definem-se as regiões cromossômicas, tenta-se decifrar e mapear o genoma e suas variações.
Ora, a situação atual da pesquisa genética coloca em evidência que o código genético, em todas as suas vertentes, não libera uma causalidade única.
Bem ao contrário, o que temos é um foco em torno do individual. Se cada sujeito autista é, efetivamente, geneticamente determinado, tais determinantes são incessantemente diferentes, múltiplos e únicos ao mesmo tempo.
Bem mais do que gerenciar a repetição do mesmo, o determinismo genético encontra a questão da produção da diferença. As variações interindividuais, a definição da singularidade que está no cerne da psicanálise, tornam-se também questões cruciais para a genética — eis um cruzamento bem inesperado de dois campos que até então tinham tudo para serem antagônicos.
Prefigurariam esses novos problemas revelados pelo autismo uma revolução na concepção do determinismo que poderia afetar tanto a genética quanto a psicanálise?

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