Cacau: Riqueza De Pobres

Nos últimos anos, a cacauicultura vem sobrevivendo com a acentuação de crises na atividade, motivada principalmente pelas oscilações de preços no mercado internacional que, estabelecendo cenários sombrios para o segmento produtivo

que, pela incapacidade de agregar valores à matéria-prima, deixa o produto a ser manipulado à mercê do interesse do mercado internacional que, a despeito de usufruir, cada vez mais, das regiões produtoras, promove estratégias para manter o produtor cada vez mais vinculado e escravizado às variações nos preços, funcionando como a maré, num sistema de sobe e desce, de acordo com os interesses do setor chocolateiro.
Um bom indicador da caracterização da cadeia do cacau está na correlação de forças de seus atores, onde a predominância do comprador promove a prática de preços detestáveis, sob o ponto de vista da desvalorização da matéria-prima (amêndoas) e do encarecimento do chocolate, que tornou-se um bem de luxo no mercado consumidor, estabelecendo altos lucros ao compará-lo a outros bens originados de commodities.
O diferencial dos valores entre as pontas da cadeia (produtor x industrial) é exponencial, podendo ser representado por uma pirâmide onde o setor produtivo se concentra na base, como numa pirâmide econômica, sendo que embaixo muitos com pouco, e em cima, poucos com quase tudo.
Um dos principais desafios da cacauicultura é quebrar a inércia que alimenta a vinculação das transações comerciais completamente vinculadas a um pequeno grupo de compradores, sediado nas bolsas de mercadorias americanas.
O esfriamento dessas barreiras será possível com o produtor de cacau conseguindo se especializar em novos métodos de produção, próprios dos mercados especializados, que valorizam a matéria-prima, conforme a sua origem e procedência processual, capaz de se diferenciar dos padrões fixados pelo mercado tradicional de amêndoas.
O objetivo dessa obra é debater, com estudiosos e interessados, as limitações da cacauicultura como atividade econômica, impedida de atingir as elevadas taxas de desenvolvimento sustentável das regiões produtoras.
Serão discutidos temas relacionados que interferem diretamente na conformação do sistema cacaueiro, como, por exemplo, a questão da internalização da pobreza nos locais de exploração, a comercialização, a qualificação e a relação matéria-prima e chocolate, os custos de produção, as exportações, as relações de trabalho e a institucionalização do produto.

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Nos últimos anos, a cacauicultura vem sobrevivendo com a acentuação de crises na atividade, motivada principalmente pelas oscilações de preços no mercado internacional que, estabelecendo cenários sombrios para o segmento produtivo que, pela incapacidade de agregar valores à matéria-prima, deixa o produto a ser manipulado à mercê do interesse do mercado internacional que, a despeito de usufruir, cada vez mais, das regiões produtoras, promove estratégias para manter o produtor cada vez mais vinculado e escravizado às variações nos preços, funcionando como a maré, num sistema de sobe e desce, de acordo com os interesses do setor chocolateiro.
Um bom indicador da caracterização da cadeia do cacau está na correlação de forças de seus atores, onde a predominância do comprador promove a prática de preços detestáveis, sob o ponto de vista da desvalorização da matéria-prima (amêndoas) e do encarecimento do chocolate, que tornou-se um bem de luxo no mercado consumidor, estabelecendo altos lucros ao compará-lo a outros bens originados de commodities.
O diferencial dos valores entre as pontas da cadeia (produtor x industrial) é exponencial, podendo ser representado por uma pirâmide onde o setor produtivo se concentra na base, como numa pirâmide econômica, sendo que embaixo muitos com pouco, e em cima, poucos com quase tudo.
Um dos principais desafios da cacauicultura é quebrar a inércia que alimenta a vinculação das transações comerciais completamente vinculadas a um pequeno grupo de compradores, sediado nas bolsas de mercadorias americanas.
O esfriamento dessas barreiras será possível com o produtor de cacau conseguindo se especializar em novos métodos de produção, próprios dos mercados especializados, que valorizam a matéria-prima, conforme a sua origem e procedência processual, capaz de se diferenciar dos padrões fixados pelo mercado tradicional de amêndoas.
O objetivo dessa obra é debater, com estudiosos e interessados, as limitações da cacauicultura como atividade econômica, impedida de atingir as elevadas taxas de desenvolvimento sustentável das regiões produtoras.
Serão discutidos temas relacionados que interferem diretamente na conformação do sistema cacaueiro, como, por exemplo, a questão da internalização da pobreza nos locais de exploração, a comercialização, a qualificação e a relação matéria-prima e chocolate, os custos de produção, as exportações, as relações de trabalho e a institucionalização do produto.

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