
A definição primeira das dez formas de intolerâncias gerou o questionário que foi aplicado por meios eletrônicos (e-mail, redes sociais, plataforma SurveyMonkey® etc.). Conseguiram-se em torno de 1.400 respostas, das quais 1.009 foram estatisticamente validadas e incorporadas neste estudo.
A partir da análise histórica e dos dados quantitativos, há um processo de interseccionalidade que faz com que uma pessoa sofra concomitantemente mais de uma forma de intolerância. Este fato é comprovado estatisticamente, além das respostas subjetivas dadas pelos respondentes da pesquisa. Exemplo disso é a própria compreensão de racismo, que envolve várias formas de intolerâncias sofridas por uma mesma vítima: intolerância associada à cor de pele, étnica, religiosa, geográfica-cultural, para citar as mais frequentes entre os respondentes.
Os dados quantitativos e qualitativos foram analisados por um grupo de especialistas em estatística do NUEVO. Outro grupo de integrantes foi responsável por fazer o levantamento bibliográfico de artigos científicos e pesquisas científicas para elaborar o capítulo e identificar a existência de diferenças conceituais entre preconceito, discriminação e intolerância.
Após a análise desses artigos, avançar sobre essa questão tornou-se ainda mais necessário, dado que há diferenças significativas entre eles, mesmo que estejam associados conceitualmente. Estas distinções estão no capítulo inicial do livro, pois sem elas não seria possível compreender adequadamente o fenômeno da intolerância.
Em cada capítulo sobre as formas de intolerância, houve contribuições de outros integrantes do NUEVO no levantamento de reportagens, notícias, informações sobre as formas de intolerâncias para contextualizar o momento atual em que elas ocorrem, assim como para servirem de base para as relações com o desenvolvimento histórico de cada uma.
Desta forma, este foi um trabalho de grupo, em que cada participante pode contribuir de forma voluntária e de acordo com suas expertises técnicas científicas e teóricas. Assim, para além do resultado do livro propriamente dito, há um que me deixa profundamente feliz: a colaboração competente de diversos integrantes do grupo de pesquisa que coordeno.











