Que Tipo De República?

Este volume colige artigos escritos em um período recente, na quase totalidade para a Folha de S.Paulo e publicados em sua seção “Tendências/Debates”. O combate político, não só à ditadura militar, às forças sociais que a sustentavam e ao que se poderia chamar, no Brasil, o reacionarismo burguês exacerbado

, levou-me a buscar uma forma de discussão e análise de nossos problemas políticos que me pusesse em comunicação com o maior número possível de inconformistas e de dissidentes. No fundo, cada artigo surgia como se eu estivesse escrevendo cartas aos leitores, largando a pele de sociólogo em troca do papel de publicista, agarrado com tenacidade às causas das classes oprimidas, à ótica socialista da luta de classes e à difusão da desobediência civil como o patamar inicial de uma revolução democrática de cunho proletário e popular.
Solitário e impotente para ir mais longe, dediquei-me a uma espécie de jornalismo político que partia da conjuntura para os movimentos mais fundos de transformação da sociedade, combinando o saber sociológico acumulado ao longo dos anos à necessidade de servir à imensa maioria dos espoliados e àqueles que, como eu, estão dispostos a tudo para que o Brasil supere para sempre uma degradante tradição de embrutecimento e de exclusão dos oprimidos. Na rota das revoluções burguesas secundárias, que prevaleceram nas nações de origem colonial e que se conservaram submissas aos centros imperiais, a nossa transformação capitalista fechou a sociedade civil aos trabalhadores livres e semilivres, das cidades e do campo, e converteu o Estado em uma fortaleza inconquistável dos estratos mais poderosos e mais ricos das classes possuidoras e dominantes.
Os escritos que logrei publicar possuem, por isso, duas faces. Uma negativa, de oposição frontal a essa situação histórica, reposta com toda a sua crueza em 1964, pela vitória da contra-revolução e a implantação da República institucional, um regime republicano ditatorial, dos opressores nacionais e estrangeiros para e pelos opressores nacionais e estrangeiros. A outra face é positiva.

 

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Solitário e impotente para ir mais longe, dediquei-me a uma espécie de jornalismo político que partia da conjuntura para os movimentos mais fundos de transformação da sociedade, combinando o saber sociológico acumulado ao longo dos anos à necessidade de servir à imensa maioria dos espoliados e àqueles que, como eu, estão dispostos a tudo para que o Brasil supere para sempre uma degradante tradição de embrutecimento e de exclusão dos oprimidos. Na rota das revoluções burguesas secundárias, que prevaleceram nas nações de origem colonial e que se conservaram submissas aos centros imperiais, a nossa transformação capitalista fechou a sociedade civil aos trabalhadores livres e semilivres, das cidades e do campo, e converteu o Estado em uma fortaleza inconquistável dos estratos mais poderosos e mais ricos das classes possuidoras e dominantes.
Os escritos que logrei publicar possuem, por isso, duas faces. Uma negativa, de oposição frontal a essa situação histórica, reposta com toda a sua crueza em 1964, pela vitória da contra-revolução e a implantação da República institucional, um regime republicano ditatorial, dos opressores nacionais e estrangeiros para e pelos opressores nacionais e estrangeiros. A outra face é positiva.

 

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