A Função Social Da Guerra Na Sociedade Tupinambá

A Função Social Da Guerra Na Sociedade Tupinambá - Homem 'sem geração', com história de vida singular e quase impensável à luz do padrão de sociabilidade de nossas elites intelectuais, o sociólogo Florestan Fernandes ganhou 'nome' e notoriedade na Faculdade de Filosofia da USP. Ali encontrou o espaço possível para romper com o 'círculo de ferro' de sua condição social, marcada por dificuldades de toda ordem.


A primeira prova pública de sua competência como cientista social encontra-se nesse livro que o leitor tem o privilégio de ter em mãos, originalmente tese de doutorado. Defendia em 1951, quando Florestan mal completara trinta anos, A Função Social Da Guerra Na Sociedade Tupinambá nada deixa a dever às mais importantes monografias clássicas da antropologia social. A guerra de tupinambá, que tanto intrigou o imaginário europeu por entrelaçar e canibalismo, torna-se um fato social total.
A Função Social Da Guerra Na Sociedade Tupinambá é composto de três partes interdependentes. A primeira concentra densa descrição de toda a tecnologia de guerra Tupinambá. As armas, as estratégias, os rituais e, enfim, os objetivos e propósitos pelos quais lutavam. A riqueza dos detalhes e a preocupação em mostrar como se desenrolava a guerra é exposta ao mesmo tempo em que se desenha uma das teses de Florestan - a guerra não se explica por si só, numa espécie de obsessão indígena pela batalha.
Demonstrada a tese da guerra enquanto fato social, Florestan aponta, na segunda parte do livro, para os seus impactos nas formas de controle social que, seguindo a matriz funcionalista, é aquilo que orienta as ações coletivas e a socialização dos indivíduos. Passa-se, nesta parte, à descrição dos pontos de conexão entre a guerra e a organização dos papéis sociais - a educação das crianças, os atributos das faixas etárias e dos gêneros, os rituais de passagem, o status conferido aos guerreiros e aos pajés, enfim, todas as formas de socialização que podem ser via de acesso ao que os funcionalistas, como Florestan, chamavam de 'psicologia coletiva' - a relação entre subjetividade e estrutura social.
Na terceira e última parte do livro o autor apresenta sua conclusão. Afasta, com rigor científico, a distinção evolucionista entre sociedades simples e complexas e contribui para uma teoria geral da guerra, que Florestan faz questão de ressaltar nos instantes finais do livro. Não há guerra e nem guerreiros que não sejam construções sociais.

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– Homem ‘sem geração’, com história de vida singular e quase impensável à luz do padrão de sociabilidade de nossas elites intelectuais, o sociólogo Florestan Fernandes ganhou ‘nome’ e notoriedade na Faculdade de Filosofia da USP. Ali encontrou o espaço possível para romper com o ‘círculo de ferro’ de sua condição social, marcada por dificuldades de toda ordem.
A primeira prova pública de sua competência como cientista social encontra-se nesse livro que o leitor tem o privilégio de ter em mãos, originalmente tese de doutorado. Defendia em 1951, quando Florestan mal completara trinta anos, A Função Social Da Guerra Na Sociedade Tupinambá nada deixa a dever às mais importantes monografias clássicas da antropologia social. A guerra de tupinambá, que tanto intrigou o imaginário europeu por entrelaçar e canibalismo, torna-se um fato social total.
A Função Social Da Guerra Na Sociedade Tupinambá é composto de três partes interdependentes. A primeira concentra densa descrição de toda a tecnologia de guerra Tupinambá. As armas, as estratégias, os rituais e, enfim, os objetivos e propósitos pelos quais lutavam. A riqueza dos detalhes e a preocupação em mostrar como se desenrolava a guerra é exposta ao mesmo tempo em que se desenha uma das teses de Florestan – a guerra não se explica por si só, numa espécie de obsessão indígena pela batalha.
Demonstrada a tese da guerra enquanto fato social, Florestan aponta, na segunda parte do livro, para os seus impactos nas formas de controle social que, seguindo a matriz funcionalista, é aquilo que orienta as ações coletivas e a socialização dos indivíduos. Passa-se, nesta parte, à descrição dos pontos de conexão entre a guerra e a organização dos papéis sociais – a educação das crianças, os atributos das faixas etárias e dos gêneros, os rituais de passagem, o status conferido aos guerreiros e aos pajés, enfim, todas as formas de socialização que podem ser via de acesso ao que os funcionalistas, como Florestan, chamavam de ‘psicologia coletiva’ – a relação entre subjetividade e estrutura social.
Na terceira e última parte do livro o autor apresenta sua conclusão. Afasta, com rigor científico, a distinção evolucionista entre sociedades simples e complexas e contribui para uma teoria geral da guerra, que Florestan faz questão de ressaltar nos instantes finais do livro. Não há guerra e nem guerreiros que não sejam construções sociais.

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