Luciana Lealdina De Araújo E Maria Helena Vargas Da Silveira

O segundo volume da Coleção Personagens Do Pós-Abolição destaca duas mulheres, ambas gaúchas: Luciana Lealdina de Araújo e Maria Helena Vargas da Silveira.

A já célebre escrita de vivência – escrevivência – de Conceição Evaristo, negra, mulher, escritora, mãe e tantos outros predicados, em Becos da Memória, dá abertura a uma escrita acerca de mulheres negras – e homens – ao sul do Sul. Mulheres estas que têm duas grandes expressões nas existências de Luciana Lealdina de Araújo e Maria Helena Vargas da Silveira.

Luciana nasceu em Porto Alegre, em 1870, quando a localidade era capital da Província de Rio Grande de São Pedro, durante a existência do Império do Brasil. Maria, por sua vez, nasceu na cidade de Pelotas, no extremo sul do estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1940. Nasceram e cresceram ao sul do Sul, e fizeram desse lugar espaço de vida, mas também foram afetadas por ele. Por isso, utilizo-me da perspectiva de que esse pensar de mulheres adquire uma especificidade que não é apenas geográfica, nesse sul do Sul, no qual também me encontro.

Luciana Lealdina de Araújo e Maria Helena Vargas da Silveira, duas mulheres negras que, por meio da educação mantiveram os ouvidos, olhos e coração abertos à coletividade. E, assim forjaram formas de experiências negras coletivas de existência, ora por meio de projetos voltados para as órfãs, sobretudo negras, do início do século XX, que acabou por conferir a Luciana a alcunha de Mãe Luciana, ora através do professorado em áreas periféricas e da transposição de muitas dessas vivências para os escritos daquela que, viria a ser conhecida como Helena do Sul.

Suas histórias estão vivas nos becos da memória daquelas e daqueles que tiveram a honra de compartilhar existências com elas. Estão vivas nos escritos de alguns memorialistas e por meio de livros e textos escritos de próprio punho ou ouvidos em rincões que extrapolam o cenário do sul. Aliás, para podermos começar a recontar essas histórias é preciso questionar por que estamos nos debruçando sobre essas histórias e que sul é esse?

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A já célebre escrita de vivência – escrevivência – de Conceição Evaristo, negra, mulher, escritora, mãe e tantos outros predicados, em Becos da Memória, dá abertura a uma escrita acerca de mulheres negras – e homens – ao sul do Sul. Mulheres estas que têm duas grandes expressões nas existências de Luciana Lealdina de Araújo e Maria Helena Vargas da Silveira.

Luciana nasceu em Porto Alegre, em 1870, quando a localidade era capital da Província de Rio Grande de São Pedro, durante a existência do Império do Brasil. Maria, por sua vez, nasceu na cidade de Pelotas, no extremo sul do estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1940. Nasceram e cresceram ao sul do Sul, e fizeram desse lugar espaço de vida, mas também foram afetadas por ele. Por isso, utilizo-me da perspectiva de que esse pensar de mulheres adquire uma especificidade que não é apenas geográfica, nesse sul do Sul, no qual também me encontro.

Luciana Lealdina de Araújo e Maria Helena Vargas da Silveira, duas mulheres negras que, por meio da educação mantiveram os ouvidos, olhos e coração abertos à coletividade. E, assim forjaram formas de experiências negras coletivas de existência, ora por meio de projetos voltados para as órfãs, sobretudo negras, do início do século XX, que acabou por conferir a Luciana a alcunha de Mãe Luciana, ora através do professorado em áreas periféricas e da transposição de muitas dessas vivências para os escritos daquela que, viria a ser conhecida como Helena do Sul.

Suas histórias estão vivas nos becos da memória daquelas e daqueles que tiveram a honra de compartilhar existências com elas. Estão vivas nos escritos de alguns memorialistas e por meio de livros e textos escritos de próprio punho ou ouvidos em rincões que extrapolam o cenário do sul. Aliás, para podermos começar a recontar essas histórias é preciso questionar por que estamos nos debruçando sobre essas histórias e que sul é esse?

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