Fragmentos De Uma Pandemia

Fragmentos De Uma Pandemia resulta de uma curadoria de entrevistas com intelectuais nacionais e internacionais no primeiro semestre de 2020.

Organizado pelo Instituto Ciência e Fé e pela PUCPRESS, Fragmentos De Uma Pandemia resulta de uma curadoria de entrevistas realizadas com intelectuais nacionais e internacionais durante o primeiro semestre de 2020, em plena scensão dos casos de coronavírus no Brasil. Sabíamos que seria uma fase difícil, contudo a imaginávamos rápida. Infelizmente, esse cenário se arrasta por meses fazendo inúmeras vítimas pelo mundo afora.

Ainda não podendo falar de recuperação e ‘normalização’ do cenário epidemiológico, vários países enfrentam uma segunda onda de contágio da doença. O que salta aos olhos em meio a tudo isso é que o clichê – o novo normal – inevitavelmente implicará novos modos de ser; uma reinvenção da nossa relação conosco mesmos, com o outro e com o mundo.

Ainda que qualquer tentativa de antever o cenário pós-pandemia não passe de um exercício de futurologia, é urgente a revisão dos nossos hábitos de consumo, dos nossos modos de viver e de agir, do nosso cuidado com o planeta e com a manutenção de um ecossistema saudável, da nossa atenção para o problema da desigualdade social e distribuição de renda, entre outros pontos críticos. Trata-se, pela intensidade do que estamos vivenciando, de escolhas éticas, políticas e sociais decisivas.

Junto com os intelectuais entrevistados, mais do que a tentativa de “pre-ver” o futuro, nosso objetivo é o de diagnosticar, ainda que tateando, o presente. Nesse sentido, temos consciência de que nenhuma ação responsável e transformadora poderá ser realizada sem compreendermos os cenários complexos e delicados que já estamos enfrentando.

E parece unânime entre nossos convidados, com certa dose incômoda de realidade, de que se não ressignificarmos a visão ocidental de ‘progresso’, estamos colocando o nosso futuro em risco.

Entretanto, eles nos recordam que não se trata de perder a esperança, e sim darmos a ela a prerrogativa da desconfiança, seja para não cairmos ora num otimismo ingênuo ora num desespero injustificado. Mais do que nunca é necessária uma esperança vigilante e ativa, onde o pensar crítico e criativo torna-se uma potente ferramenta para combater o negacionismo, por um lado oriundo da falta de informação e, por outro, fruto do excesso dela, muitas vezes produzido pelas fake news.

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Ainda que qualquer tentativa de antever o cenário pós-pandemia não passe de um exercício de futurologia, é urgente a revisão dos nossos hábitos de consumo, dos nossos modos de viver e de agir, do nosso cuidado com o planeta e com a manutenção de um ecossistema saudável, da nossa atenção para o problema da desigualdade social e distribuição de renda, entre outros pontos críticos. Trata-se, pela intensidade do que estamos vivenciando, de escolhas éticas, políticas e sociais decisivas.

Junto com os intelectuais entrevistados, mais do que a tentativa de “pre-ver” o futuro, nosso objetivo é o de diagnosticar, ainda que tateando, o presente. Nesse sentido, temos consciência de que nenhuma ação responsável e transformadora poderá ser realizada sem compreendermos os cenários complexos e delicados que já estamos enfrentando.

E parece unânime entre nossos convidados, com certa dose incômoda de realidade, de que se não ressignificarmos a visão ocidental de ‘progresso’, estamos colocando o nosso futuro em risco.

Entretanto, eles nos recordam que não se trata de perder a esperança, e sim darmos a ela a prerrogativa da desconfiança, seja para não cairmos ora num otimismo ingênuo ora num desespero injustificado. Mais do que nunca é necessária uma esperança vigilante e ativa, onde o pensar crítico e criativo torna-se uma potente ferramenta para combater o negacionismo, por um lado oriundo da falta de informação e, por outro, fruto do excesso dela, muitas vezes produzido pelas fake news.

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