Conceitos De Literatura E Cultura

Conceitos De Literatura E Cultura mapeia os conceitos identitários e literários que surgiram desde as vanguardas e transitaram pelas Américas.

O propósito do livro Conceitos De Literatura E Cultura é o de tentar mapear os conceitos identitários e literários que surgiram desde as vanguardas e transitaram pelas Américas até o final do século XX a fim de rastrear o sentido, a origem e, sobretudo, o entrecruzamento e a superposição destes conceitos, que correspondem a realidades culturais ora semelhantes, ora díspares, e que foram cunhadas e utilizadas por teóricos em várias partes do continente americano e no Caribe.

Trata-se, portanto, de uma obra de referência, que conta com a participação de especialistas das várias literaturas nas quatro principais línguas das Américas (inglês, espanhol, francês e português), que poderão dar conta do trânsito destes conceitos, com as referências bibliográficas das fontes, as ressignificações que foram assumindo ao longo do tempo e do espaço percorridos.

Muitos destes conceitos tentam definir o estatuto da cultura americana e, sobretudo, latino-americana, às vezes mais particularmente a literatura destes países em oposição à literatura européia, mãe com a qual todas as literaturas da América mantêm um vínculo placentário, na observação de Antonio Candido. Este seria o caso de termos que têm origens diversas, ora antropológicas, ora literárias, ora sócio-culturais.

Nos anos 1920 e 1930 surgem alguns conceitos chaves, que serão retomados, transformados e revivificados por uma crítica mais cultural a partir dos anos 70. A antropofagia de Oswald de Andrade foi revisitada pela música, pelo cinema, pelas artes plásticas e pelo teatro, tornando-se um elemento canônico da cultura e da crítica brasileiras.

Enquanto Gilberto Freyre destacava a importância da mestiçagem na formação do povo brasileiro, Fernando Ortiz analisava o processo de transformação da cultura em Cuba, com a mistura das três raças, designando-o por um novo conceito, o de transculturação. Se por um lado, a mestiçagem cultural passou a ser absorvida pelos intelectuais brasileiros desde então, a transculturação será aplicada à narrativa literária pelo crítico uruguaio Ángel Rama, que fala de transculturação narrativa.

Durante o período das vanguardas no Peru, José Carlos Mariátegui retomava e reutilizava o termo de indigenismo, numa visão marxista e na defesa dos indígenas e de sua cultura, subalternos em seu próprio país.

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Trata-se, portanto, de uma obra de referência, que conta com a participação de especialistas das várias literaturas nas quatro principais línguas das Américas (inglês, espanhol, francês e português), que poderão dar conta do trânsito destes conceitos, com as referências bibliográficas das fontes, as ressignificações que foram assumindo ao longo do tempo e do espaço percorridos.

Muitos destes conceitos tentam definir o estatuto da cultura americana e, sobretudo, latino-americana, às vezes mais particularmente a literatura destes países em oposição à literatura européia, mãe com a qual todas as literaturas da América mantêm um vínculo placentário, na observação de Antonio Candido. Este seria o caso de termos que têm origens diversas, ora antropológicas, ora literárias, ora sócio-culturais.

Nos anos 1920 e 1930 surgem alguns conceitos chaves, que serão retomados, transformados e revivificados por uma crítica mais cultural a partir dos anos 70. A antropofagia de Oswald de Andrade foi revisitada pela música, pelo cinema, pelas artes plásticas e pelo teatro, tornando-se um elemento canônico da cultura e da crítica brasileiras.

Enquanto Gilberto Freyre destacava a importância da mestiçagem na formação do povo brasileiro, Fernando Ortiz analisava o processo de transformação da cultura em Cuba, com a mistura das três raças, designando-o por um novo conceito, o de transculturação. Se por um lado, a mestiçagem cultural passou a ser absorvida pelos intelectuais brasileiros desde então, a transculturação será aplicada à narrativa literária pelo crítico uruguaio Ángel Rama, que fala de transculturação narrativa.

Durante o período das vanguardas no Peru, José Carlos Mariátegui retomava e reutilizava o termo de indigenismo, numa visão marxista e na defesa dos indígenas e de sua cultura, subalternos em seu próprio país.

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