Quem Cuida Do Cuidador?

Quem Cuida Do Cuidador? apresenta uma nova modalidade de relacionamento, dentro das equipes de saúde, fundamentada na teoria de Winnicott.

O livro apresenta uma nova modalidade de relacionamento, dentro das equipes de saúde, fundamentada na teoria de Winnicott. A ideia central é a de propiciar aos profissionais de saúde, enquanto cuidadores, a possibilidade de vivenciarem um ambiente de apoio a partir do próprio relacionamento da equipe.

Seu título formula uma pergunta que me surgiu quando trabalhava com uma equipe multiprofissional destinada a atender pessoas hipertensas. Nossa preocupação era, além de atender, cuidar delas. E cuidar representa a principal vocação de um profissional de saúde, a fonte de satisfação com o trabalho que realiza.

Mas lidar com o sofrimento e a morte representa também um fator inexorável de tensão para esses profissionais. Daí, a pergunta: “Quem cuida do cuidador?”

Constato que a pergunta permanece atual e identifico como possíveis razões, de um lado, a própria natureza do trabalho em Saúde, e, por outro lado, as condições atuais em que tal trabalho vem sendo desenvolvido.

Destaco dois aspectos fundamentais que alteraram profundamente o exercício profissional: a tecnologia e a competitividade.

A tecnologia trouxe inequívocos avanços nos processos diagnósticos e terapêuticos, mas trouxe também elevação dos custos dos serviços e um certo distanciamento entre o profissional e seus pacientes, agora “separados” pelos procedimentos técnicos.

A competitividade, que aliás atinge a todos os setores da economia, vem transformando a prestação de serviços em saúde, num autêntico “balcão de negócios”.

As instituições públicas não recebem os recursos necessários para oferecer assistência de qualidade e as instituições privadas, por definição, buscam o lucro em suas atividades. O profissional vê-se entre a falta de recursos e a obrigatoriedade de gerar lucro para seus empregadores ou contratantes.

Não é de espantar, portanto, que os profissionais de saúde sejam dos mais acometidos pela síndrome de burnout, que consiste no esgotamento físico e emocional desses profissionais como consequência do trabalho que realizam.

Frustrados diante da quebra do ideal de cuidar, os profissionais oscilam entre sacrificar-se por manter seus ideais ou sucumbir aos apelos da conjuntura, desligando-se dos seus pacientes como pessoas que demandam cuidados.

De um modo ou de outro, os profissionais sofrem e a pergunta permanece no ar: quem cuida do cuidador?

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Mas lidar com o sofrimento e a morte representa também um fator inexorável de tensão para esses profissionais. Daí, a pergunta: “Quem cuida do cuidador?”

Constato que a pergunta permanece atual e identifico como possíveis razões, de um lado, a própria natureza do trabalho em Saúde, e, por outro lado, as condições atuais em que tal trabalho vem sendo desenvolvido.

Destaco dois aspectos fundamentais que alteraram profundamente o exercício profissional: a tecnologia e a competitividade.

A tecnologia trouxe inequívocos avanços nos processos diagnósticos e terapêuticos, mas trouxe também elevação dos custos dos serviços e um certo distanciamento entre o profissional e seus pacientes, agora “separados” pelos procedimentos técnicos.

A competitividade, que aliás atinge a todos os setores da economia, vem transformando a prestação de serviços em saúde, num autêntico “balcão de negócios”.

As instituições públicas não recebem os recursos necessários para oferecer assistência de qualidade e as instituições privadas, por definição, buscam o lucro em suas atividades. O profissional vê-se entre a falta de recursos e a obrigatoriedade de gerar lucro para seus empregadores ou contratantes.

Não é de espantar, portanto, que os profissionais de saúde sejam dos mais acometidos pela síndrome de burnout, que consiste no esgotamento físico e emocional desses profissionais como consequência do trabalho que realizam.

Frustrados diante da quebra do ideal de cuidar, os profissionais oscilam entre sacrificar-se por manter seus ideais ou sucumbir aos apelos da conjuntura, desligando-se dos seus pacientes como pessoas que demandam cuidados.

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