
O livro-reportagem Refúgio: Histórias De Refugiados Colombianos Que Escolheram São Paulo Como Nova Casa foi escrito por três alunos de jornalismo que contam as respectivas experiências de personagens colombianos que escolheram o Brasil, mais especificamente a capital paulista como nova moradia, no intuito de fugir dos conflitos armados gerados pelos grupos guerrilheiros das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
A intenção de contar essas histórias é dar a chance aos nossos vizinhos latino-americanos de relatarem as suas alegrias, frustrações e trajetórias – boas ou ruins – de morar em um país totalmente diferente do seu, embora tão próximo.
Nestas páginas estão personagens que sofreram a repressão e as torturas de guerrilheiros das FARC, considerada pelo governo da Colômbia, dos Estados Unidos e do Canadá como uma organização terrorista.
Em contrapartida, há defensores deste grupo que levantam a bandeira de que o movimento, que existe desde 1964, foi criado para lutar pela implantação do socialismo no país colombiano.
Assim como fez em 2008 o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, que rejeitou este título, publicamente, e apelou ao país e a outros governantes estrangeiros o reconhecimento diplomático das guerrilhas.
Além das FARC, existem os paramilitares, que controlam a grande maioria do narcotráfico de cocaína e de outras substâncias em conjunto com os principais cartéis de drogas colombianos.
Em Refúgio: Histórias De Refugiados Colombianos Que Escolheram São Paulo Como Nova Casa o leitor encontrará relatos de pessoas simples, que lutaram – e lutam – para ainda conquistar um espaço próprio, além das experiências de conviver com brasileiros e seus costumes, como conta a personagem Liliana, que saiu da Colômbia para encontrar no Brasil uma paz que não existia em sua cidade natal, e como alternativa para sustentar os filhos, encontrou na Vila Madalena um espaço para vender suas comidas típicas, como arepas.
Quem também detalha sua história é o professor Héctor ao retratar o que passou nas mãos de militares à época que sofreu um sequestro; como também o Cristiano, um pai colombiano de duas meninas que ainda não sabem falar a língua portuguesa muito bem, que vê no país tropical a chance da sua família crescer e viver bem.
