No Gueto

No Gueto - O Islã, até alguns anos atrás, era uma religião que existia apenas entre a classe média brasileira. Esse fato, porém, mudou.

O Islã, até alguns anos atrás, era uma religião que existia apenas entre a classe média brasileira. Esse fato, porém, mudou.

Este livro nos revela como a religião islâmica chegou à periferia da cidade de Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo, e passou a ser conhecido pela comunidade.

De forma sutil, a história de sua resistência e de sua sensibilidade em prol de ajudar o próximo contada aqui busca lutar contra o preconceito disseminado na grande mídia em relação aos muçulmanos.

Antes de começar o primeiro capítulo deste livro é necessário que você, caro leitor, saiba informações importantes sobre o islã — religião monoteísta, fundamentada nos ensinamentos do profeta Mohammed —, que é a que mais cresce no mundo.

Quem aponta isso são dados publicados pelo instituto norte-americano Pew
Reserch Center. Segundo a última análise feita em 2015, havia mais de um 1.8 bilhão de muçulmanos no planeta, cerca de 24% da população mundial.

No Brasil, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, o número de adeptos do Islã é de pouco mais de 35 mil pessoas. Mas, conforme a Federação das Associações Muçulmanas no Brasil (Fambras), a estimativa está em 1,5 milhão.

A história de muçulmanos em terras brasileiras está registrada desde 1500, quando o país foi descoberto por navegadores portugueses. Na época, junto à expedição de Pedro Álvares Cabral, árabes muçulmanos chegaram ao Brasil, mas logo foram obrigados a se converterem ao cristianismo pela Santa Inquisição.

Com a chegada de negros muçulmanos que desembarcaram na Bahia, em meados do século XIX, o Islã começou a surgir novamente. Os malês, como assim ficaram conhecidos alguns escravos, promoveram diversas rebeliões, entre elas a que aconteceu em 1835 e ficou conhecida como Revolta dos Malês.

Como já era de se esperar, a religião islâmica mais uma mais uma vez foi perseguida e passou a existir na clandestinidade, ressurgindo com liberdade somente no final do século XIX e início do XX, quando a imigração árabe trouxe para o Brasil um novo contingente de muçulmanos, que acumularam riquezas e passaram a fazer parte da classe média.

Consequentemente, o Islã predominava somente na população mais próspera do país e, por diversos anos, não chegava às regiões periféricas. Na virada do século, no entanto, isso mudou.

A primeira mussala — espaço reservado para oração — em uma favela, que se tornou posteriormente uma mesquita, foi fundada por um ex-rapper que passou a seguir a religião.

Muito mais que apenas um templo religioso, o que pode ser encontrado na cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, é uma comunidade islâmica que tem feito história e contribuído para o crescimento do Islã, além de tentar — e conseguir — promover o diálogo com a sociedade a fim de desmistificar o estereótipo criado em torno dos muçulmanos.

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-de-tanto-ler-e-imaginar-branca/

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Este livro nos revela como a religião islâmica chegou à periferia da cidade de Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo, e passou a ser conhecido pela comunidade.

De forma sutil, a história de sua resistência e de sua sensibilidade em prol de ajudar o próximo contada aqui busca lutar contra o preconceito disseminado na grande mídia em relação aos muçulmanos.

Antes de começar o primeiro capítulo deste livro é necessário que você, caro leitor, saiba informações importantes sobre o islã — religião monoteísta, fundamentada nos ensinamentos do profeta Mohammed —, que é a que mais cresce no mundo.

Quem aponta isso são dados publicados pelo instituto norte-americano Pew
Reserch Center. Segundo a última análise feita em 2015, havia mais de um 1.8 bilhão de muçulmanos no planeta, cerca de 24% da população mundial.

No Brasil, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, o número de adeptos do Islã é de pouco mais de 35 mil pessoas. Mas, conforme a Federação das Associações Muçulmanas no Brasil (Fambras), a estimativa está em 1,5 milhão.

A história de muçulmanos em terras brasileiras está registrada desde 1500, quando o país foi descoberto por navegadores portugueses. Na época, junto à expedição de Pedro Álvares Cabral, árabes muçulmanos chegaram ao Brasil, mas logo foram obrigados a se converterem ao cristianismo pela Santa Inquisição.

Com a chegada de negros muçulmanos que desembarcaram na Bahia, em meados do século XIX, o Islã começou a surgir novamente. Os malês, como assim ficaram conhecidos alguns escravos, promoveram diversas rebeliões, entre elas a que aconteceu em 1835 e ficou conhecida como Revolta dos Malês.

Como já era de se esperar, a religião islâmica mais uma mais uma vez foi perseguida e passou a existir na clandestinidade, ressurgindo com liberdade somente no final do século XIX e início do XX, quando a imigração árabe trouxe para o Brasil um novo contingente de muçulmanos, que acumularam riquezas e passaram a fazer parte da classe média.

Consequentemente, o Islã predominava somente na população mais próspera do país e, por diversos anos, não chegava às regiões periféricas. Na virada do século, no entanto, isso mudou.

A primeira mussala — espaço reservado para oração — em uma favela, que se tornou posteriormente uma mesquita, foi fundada por um ex-rapper que passou a seguir a religião.

Muito mais que apenas um templo religioso, o que pode ser encontrado na cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, é uma comunidade islâmica que tem feito história e contribuído para o crescimento do Islã, além de tentar — e conseguir — promover o diálogo com a sociedade a fim de desmistificar o estereótipo criado em torno dos muçulmanos.

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