A Parte Obscura De Nós Mesmos

A Parte Obscura De Nós Mesmos - Príncipe dos perversos, marquês de Sade defendia uma ruptura com as leis que regem a sociedade ao divulgar em seus livros a sodomia, o incesto e o crime. Rudolf Höss, o comandante de Auschwitz, contou sem reservas como se tornou o maior chacinador de todos os tempos.
Liduína de Schiedam, canonizada em 1890, por décadas impôs a seu corpo terríveis sofrimentos. Neste livro, a prestigiada historiadora e psicanalista Elisabeth Roudinesco apresenta e interpreta a história dos perversos no Ocidente através de suas figuras emblemáticas: de Barba Azul e os santos místicos na Idade Média, ao fenômeno do nazismo, dos pedófilos e terroristas nos dias de hoje.


Mostra como a perversão, definida em cada época de um modo diverso, exibe o que não cessamos de dissimular: a parte obscura de nós mesmos, a negatividade presente em cada um. E ainda reflete sobre a sua erradicação. Eliminar a perversão não seria destruir a distinção entre bem e mal que fundamenta a civilização?
Embora as perversões sexuais constituam objeto de diversos estudos, dentre os quais dicionários especializados (de sexologia, de erotismo, de pornografia), não temos nenhuma história dos perversos. No que se refere à perversão enquanto denominação, estrutura e vocábulo, não foi estudada senão pelos psicanalistas.
Inspirando-se em Georges Bataille, Michel Foucault planejara incluir em sua História da sexualidade um capítulo dedicado ao povo dos perversos, isto é, aos que são designados como tais pelas sociedades humanas, preocupadas em se distanciar de uma parte maldita de si mesmas. Inversamente simétricas às vidas exemplares dos homens ilustres, dizia ele em suma, as dos perversos são inomináveis: infames, minúsculas, anônimas, miseráveis.
Essas vidas paralelas e anormais, como sabemos, são inenarráveis, não tendo em geral outro eco senão o de sua condenação. E, quando adquirem uma reputação, é mediante o poder de uma criminalidade excepcional, julgada bestial, monstruosa, inumana, vista como extrínseca à própria humanidade do homem. Atesta isso a história incessantemente reinventada dos grandes criminosos perversos, de epítetos assustadores: Gilles de Rais (Barba Azul), George Chapman (Jack o Estripador), Erzebet Bathory (a Condessa de Sangue), Peter Kürten (o Vampiro de Düsseldorf).

   

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A Parte Obscura De Nós Mesmos – Príncipe dos perversos, marquês de Sade defendia uma ruptura com as leis que regem a sociedade ao divulgar em seus livros a sodomia, o incesto e o crime. Rudolf Höss, o comandante de Auschwitz, contou sem reservas como se tornou o maior chacinador de todos os tempos.
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Mostra como a perversão, definida em cada época de um modo diverso, exibe o que não cessamos de dissimular: a parte obscura de nós mesmos, a negatividade presente em cada um. E ainda reflete sobre a sua erradicação. Eliminar a perversão não seria destruir a distinção entre bem e mal que fundamenta a civilização?
Embora as perversões sexuais constituam objeto de diversos estudos, dentre os quais dicionários especializados (de sexologia, de erotismo, de pornografia), não temos nenhuma história dos perversos. No que se refere à perversão enquanto denominação, estrutura e vocábulo, não foi estudada senão pelos psicanalistas.
Inspirando-se em Georges Bataille, Michel Foucault planejara incluir em sua História da sexualidade um capítulo dedicado ao povo dos perversos, isto é, aos que são designados como tais pelas sociedades humanas, preocupadas em se distanciar de uma parte maldita de si mesmas. Inversamente simétricas às vidas exemplares dos homens ilustres, dizia ele em suma, as dos perversos são inomináveis: infames, minúsculas, anônimas, miseráveis.
Essas vidas paralelas e anormais, como sabemos, são inenarráveis, não tendo em geral outro eco senão o de sua condenação. E, quando adquirem uma reputação, é mediante o poder de uma criminalidade excepcional, julgada bestial, monstruosa, inumana, vista como extrínseca à própria humanidade do homem. Atesta isso a história incessantemente reinventada dos grandes criminosos perversos, de epítetos assustadores: Gilles de Rais (Barba Azul), George Chapman (Jack o Estripador), Erzebet Bathory (a Condessa de Sangue), Peter Kürten (o Vampiro de Düsseldorf).

   

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