
Este livro é um desdobramento da Tese de Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade intitulada Agir Expressivo, Técnica e Construção de Sentido no Mundo Corporativo, defendida em Fevereiro de 2018 na Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro.
Em relação ao texto da Tese, foram feitos pequenos ajustes, predominantemente formais, e foi excluída aparte da Tese relativa à pesquisa de campo sobre o trabalhar dos docentes em uma Universidade Corporativa. Entendemos que a pesquisa teórica da Tese, escrita como ensaio, se presta bem à publicação em formato de livro.
O capítulo da Tese que descreveu a pesquisa de campo e os resultados desta, além de extenso devido ao grande volume de citações de trechos das falas dos entrevistados, adentra um campo muito específico, mais adequado ao formato de artigo científico.
O texto, portanto, sofreu pequenos ajustes na conclusão, a qual retoma os pontos mais gerais das considerações finais da Tese, para as quais relevaram os achados da pesquisa de campo, mas que foi acrescida aqui de alguns desdobramentos de nossa reflexão sobre o trabalhar contemporâneo.
Àqueles que tiverem interesse na questão do trabalhar como docente, e especificamente na atividade de docência em ambientes corporativos, sugerimos, por hora, a leitura do capítulo da Tese no qual apresentamos a pesquisa de campo.
Ao concluir a leitura de Sobre O Trabalhar Contemporâneo: Diálogos Entre A Psicanálise E A Psicodinâmica do Trabalho, ampliamos nossa compreensão sobre as relações entre trabalhar e viver.
Relações que precisam ser enfrentadas de modo mais sério, tendo em vista as graves e extensas consequências da precarização para a saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores e para o campo social de modo mais amplo.
Ampliamos também nossa compreensão de que este é um tema fundamental de pesquisa que, por sua própria natureza, não pode ser separada da constituição da vida.
Não são estes imperativos éticos e políticos da maior magnitude? Não são estas questões que nos convocam a agir, na medida em que nos percebemos sujeitos ético-políticos? Que nos convocam a lutar pela afirmação da vida digna no mundo do trabalho e também no espaço social?
Não são estas questões que nos convidam para permanentes movimentos de abertura, para as possibilidades e derivas dos acontecimentos que, por sua vez, liberam e redistribuem as potências da vida. Há algo mais urgente a fazer?
Não será esta uma das formas mais intensas de nos sentirmos realmente vivos? Não será esta uma das coisas mais importantes do mundo?
