Conciliação E Precarização

O presente trabalho propõe a discussão sobre a política trabalhista do governo Lula durante seus dois mandatos(2003-2006 e 2007-2010). Serão objeto de análise especialmente as mudanças e iniciativas referentes à alteração da legislação trabalhista brasileira

, bem como a relação que este governo manteve com as entidades representativas de classe – os sindicatos de trabalhadores e as organizações patronais.
O interesse pela abordagem desse tema possui dupla origem, uma sendo de ordem prática e outra de ordem teórico-metodológica. Sobre o primeiro, pode-se afirmar que emergiu através da tentativa de compreensão de um problema social, tendo como base algumas experiências pessoais vivenciadas e/ou verificadas, além de inquietações que estas despertaram.
Não é preciso ser um especialista sobre o assunto para saber que a legislação que rege o trabalho no Brasil está muito aquém de garantir condições dignas para que os trabalhadores produzam seus meios de subsistência. Além de ser bastante limitada, sabemos que esta legislação dificilmente costuma ser aplicada com todas as suas prerrogativas. Não bastasse esse fato, também é comum vermos, difundidas pelos meios de comunicação, manifestações entusiastas de indivíduos e/ou instituições dedicados a propagar a ideia de que a Consolidação da Legislação Trabalhista (CLT) está obsoleta. Este seu caráter atrasado seria responsável por tornar a contratação formal extremamente custosa, gerando com isso a proliferação da informalidade e o desemprego em massa. Ao mesmo tempo em que tomamos conhecimento desse tipo de discurso, percebemos que ele tem servido como argumento para a efetivação de uma série de mudanças legais desde a década de 90.
A oportunidade de fazer uma análise científica deste problema social e a possibilidade de utilizar o conhecimento acumulado pela sociologia para debater esse tema, abordando-o à luz da discussão sobre a atualidade trabalho, consiste na motivação teórico-metodológica da pesquisa. As mudanças ocorridas nas últimas décadas têm suscitado polêmicas discussões sobre a importância que o trabalho possui no atual estágio da organização das forças produtivas do sistema capitalista. O novo estágio de acumulação, marcado pelo desenvolvimento da ciência e tecnologia, promove modificações não apenas na esfera econômica, mas implica também em mudanças sociais, políticas, culturais e ideológicas.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Conciliação E Precarização

O presente trabalho propõe a discussão sobre a política trabalhista do governo Lula durante seus dois mandatos(2003-2006 e 2007-2010). Serão objeto de análise especialmente as mudanças e iniciativas referentes à alteração da legislação trabalhista brasileira, bem como a relação que este governo manteve com as entidades representativas de classe – os sindicatos de trabalhadores e as organizações patronais.
O interesse pela abordagem desse tema possui dupla origem, uma sendo de ordem prática e outra de ordem teórico-metodológica. Sobre o primeiro, pode-se afirmar que emergiu através da tentativa de compreensão de um problema social, tendo como base algumas experiências pessoais vivenciadas e/ou verificadas, além de inquietações que estas despertaram.
Não é preciso ser um especialista sobre o assunto para saber que a legislação que rege o trabalho no Brasil está muito aquém de garantir condições dignas para que os trabalhadores produzam seus meios de subsistência. Além de ser bastante limitada, sabemos que esta legislação dificilmente costuma ser aplicada com todas as suas prerrogativas. Não bastasse esse fato, também é comum vermos, difundidas pelos meios de comunicação, manifestações entusiastas de indivíduos e/ou instituições dedicados a propagar a ideia de que a Consolidação da Legislação Trabalhista (CLT) está obsoleta. Este seu caráter atrasado seria responsável por tornar a contratação formal extremamente custosa, gerando com isso a proliferação da informalidade e o desemprego em massa. Ao mesmo tempo em que tomamos conhecimento desse tipo de discurso, percebemos que ele tem servido como argumento para a efetivação de uma série de mudanças legais desde a década de 90.
A oportunidade de fazer uma análise científica deste problema social e a possibilidade de utilizar o conhecimento acumulado pela sociologia para debater esse tema, abordando-o à luz da discussão sobre a atualidade trabalho, consiste na motivação teórico-metodológica da pesquisa. As mudanças ocorridas nas últimas décadas têm suscitado polêmicas discussões sobre a importância que o trabalho possui no atual estágio da organização das forças produtivas do sistema capitalista. O novo estágio de acumulação, marcado pelo desenvolvimento da ciência e tecnologia, promove modificações não apenas na esfera econômica, mas implica também em mudanças sociais, políticas, culturais e ideológicas.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog