Educação E Precarização Profissionalizante

Deribaldo Santos - Educação E Precarização Profissionalizante: Crítica À Integração Da Escola Com O Mercado
Qual o motivo que leva diversos setores da sociedade a defenderem a especificidade de educação para um destacado seguimento da classe trabalhadora?


Quando o assunto é a formação dessa classe, não há diferença significativa se o discurso vem de políticos, religiosos, desportistas, jornalistas, artistas, intelectuais, entre outros privilegiados pela mídia capitalista.
De modo uníssono reedita-se, ou como quer o pensamento pós-moderno, ressignifica-se, com independência de qual fase histórica se fala, a defesa da qualificação ou requalificação profissional para determinada parcela da população.
A essa defesa articula-se a ideologia de que o indivíduo é o responsável principal pelo sucesso e ou fracasso de sua carreira profissional, uma vez que deve fazer a escolha correta por qual ramo deve se profissionalizar/requalificar.
Podemos apontar com alguma margem de segurança que, de maneira geral, não há hipocrisia nessa retórica, pois são raros os defensores da educação profissionalizante como saída para os problemas do desemprego, violência urbana, desornamento do meio ambiente, entre tantas outras problemáticas, que assumem essa modalidade para seus próprios filhos.
Generaliza-se a defesa de que essa especificidade deve ser destinada para formar a força de trabalho, os trabalhadores e seus filhos. Para a elite e para os estratos intermediários, protege-se a educação considerada clássica.
Tendo como base pesquisas realizadas com suporte na onto-metodologia marxista, que se fundamenta no movimento da materialidade histórica plasmada socialmente, em que o homem apenas é um ser social graças ao trabalho, não nos cabia a inclinação à inocente crença de que esse tipo de formação escolar possibilitaria, como defendem setores inclusive do marxismo, se caminhar para a emancipação humana.
De todo modo, para que não ficássemos apenas na especulação, mesmo que desprovida de ingenuidade, era necessário investigar, pelo menos em suas linhas mais determinantes, o contexto histórico, o desenvolvimento e o desdobramento dessa especificidade educacional parida de uma dicotomia.
Coube-nos analisar a gênese e a evolução desse dualismo para que assim pudéssemos inferir as particularidades que favorecem o alastramento de um discurso amplamente favorável à manutenção e ao aprofundamento da existência de dois ramos distintos de educação: um preponderantemente propedêutico (inclinado para a oratória acadêmica), reservado para os comandantes da ordem capitalista e seus propostos e outro voltado estritamente para fazeres práticos, orientado principalmente para o mercado de trabalho capitalista.

 

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Qual o motivo que leva diversos setores da sociedade a defenderem a especificidade de educação para um destacado seguimento da classe trabalhadora?
Quando o assunto é a formação dessa classe, não há diferença significativa se o discurso vem de políticos, religiosos, desportistas, jornalistas, artistas, intelectuais, entre outros privilegiados pela mídia capitalista.
De modo uníssono reedita-se, ou como quer o pensamento pós-moderno, ressignifica-se, com independência de qual fase histórica se fala, a defesa da qualificação ou requalificação profissional para determinada parcela da população.
A essa defesa articula-se a ideologia de que o indivíduo é o responsável principal pelo sucesso e ou fracasso de sua carreira profissional, uma vez que deve fazer a escolha correta por qual ramo deve se profissionalizar/requalificar.
Podemos apontar com alguma margem de segurança que, de maneira geral, não há hipocrisia nessa retórica, pois são raros os defensores da educação profissionalizante como saída para os problemas do desemprego, violência urbana, desornamento do meio ambiente, entre tantas outras problemáticas, que assumem essa modalidade para seus próprios filhos.
Generaliza-se a defesa de que essa especificidade deve ser destinada para formar a força de trabalho, os trabalhadores e seus filhos. Para a elite e para os estratos intermediários, protege-se a educação considerada clássica.
Tendo como base pesquisas realizadas com suporte na onto-metodologia marxista, que se fundamenta no movimento da materialidade histórica plasmada socialmente, em que o homem apenas é um ser social graças ao trabalho, não nos cabia a inclinação à inocente crença de que esse tipo de formação escolar possibilitaria, como defendem setores inclusive do marxismo, se caminhar para a emancipação humana.
De todo modo, para que não ficássemos apenas na especulação, mesmo que desprovida de ingenuidade, era necessário investigar, pelo menos em suas linhas mais determinantes, o contexto histórico, o desenvolvimento e o desdobramento dessa especificidade educacional parida de uma dicotomia.
Coube-nos analisar a gênese e a evolução desse dualismo para que assim pudéssemos inferir as particularidades que favorecem o alastramento de um discurso amplamente favorável à manutenção e ao aprofundamento da existência de dois ramos distintos de educação: um preponderantemente propedêutico (inclinado para a oratória acadêmica), reservado para os comandantes da ordem capitalista e seus propostos e outro voltado estritamente para fazeres práticos, orientado principalmente para o mercado de trabalho capitalista.

 

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