Elomar Trovador

Tendo as cantorias de Elomar um universo abrangente, direcionamos um olhar para uma correlação da extração da poesia oral nelas encontrada

Tendo as cantorias de Elomar um universo abrangente, direcionamos um olhar para uma correlação da extração da poesia oral nelas encontrada, vista em suas formas mestiças, constituída por registros pertencentes a múltiplas culturas. A do indígena, primeira e base para as demais, e as do negro (africano) e do europeu (português, espanhol, holandês, francês, italiano…). Tais poemas são apresentados via violão e voz, numa apresentação perfomatica pelo menestrel, poeta e cantador.

Nas formas estruturais do conjunto total da obra de referido autor são encontradas atualizações em suas estruturas. O conjunto por hora aqui selecionado compõe o grupo de letras de canções-poemas de Elomar a ser analisado: Balada do Filho Pródigo, Corban, Lôas para o Justo, Gabriela, Campo Branco, Cantiga do Estradar, Tirana, Curvas do Rio, A Donzela Tiadora, Na Estrada das Areias de Ouro, Seresta Sertaneza, Naninha, Noite de Santo Reis, Cantiga do Boi Incantado, Na quadrada das águas perdidas, Dassanta, Faviela, Incelença do Amor Retirante, O Violeiro, O Pedido, Arrumação, Chula no Terreiro e Cantiga de Amigo.

Com a significatividade do grupo acima, voltamos no tempo e “batemos de cara” com antigos arquétipos travestidos e renovados, os quais Jung acredita serem “formas através das quais os instintos se expressam”. Diz Jung que arquétipo é imagem, “representação imediata, oriunda da linguagem poética”, é a “imagem da fantasia que se relaciona com a percepção do objeto externo”, sendo no mínimo comuns a todos os povos e tempos. Por fim, Jung observa que arquétipos são figuras que ressurgem no decorrer da história, são “inúmeras experiências típicas de toda uma genealogia”, “resíduos psíquicos de várias vivências do mesmo tipo”.

Arquétipos simbólicos e mitológicos, oníricos, universais, extraídos do inconsciente coletivo das culturas humanas, apoderados e apropriados com uma roupagem regional, vista no conjunto cultural nordestino, na e da vida deste homem, que, sendo um personagem literário, é também um homem universal, lapidado na e para a obra de Elomar, que também se apresenta como um divulgador de culturas. Em leituras auditivas e visuais de um recorte dessas canções notamos que o autor se apropria de núcleos temáticos, que por ele são mostrados em forma de desafios, chulas, incelenças, cantigas e loas.

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Tendo as cantorias de Elomar um universo abrangente, direcionamos um olhar para uma correlação da extração da poesia oral nelas encontrada, vista em suas formas mestiças, constituída por registros pertencentes a múltiplas culturas. A do indígena, primeira e base para as demais, e as do negro (africano) e do europeu (português, espanhol, holandês, francês, italiano…). Tais poemas são apresentados via violão e voz, numa apresentação perfomatica pelo menestrel, poeta e cantador.

Nas formas estruturais do conjunto total da obra de referido autor são encontradas atualizações em suas estruturas. O conjunto por hora aqui selecionado compõe o grupo de letras de canções-poemas de Elomar a ser analisado: Balada do Filho Pródigo, Corban, Lôas para o Justo, Gabriela, Campo Branco, Cantiga do Estradar, Tirana, Curvas do Rio, A Donzela Tiadora, Na Estrada das Areias de Ouro, Seresta Sertaneza, Naninha, Noite de Santo Reis, Cantiga do Boi Incantado, Na quadrada das águas perdidas, Dassanta, Faviela, Incelença do Amor Retirante, O Violeiro, O Pedido, Arrumação, Chula no Terreiro e Cantiga de Amigo.

Com a significatividade do grupo acima, voltamos no tempo e “batemos de cara” com antigos arquétipos travestidos e renovados, os quais Jung acredita serem “formas através das quais os instintos se expressam”. Diz Jung que arquétipo é imagem, “representação imediata, oriunda da linguagem poética”, é a “imagem da fantasia que se relaciona com a percepção do objeto externo”, sendo no mínimo comuns a todos os povos e tempos. Por fim, Jung observa que arquétipos são figuras que ressurgem no decorrer da história, são “inúmeras experiências típicas de toda uma genealogia”, “resíduos psíquicos de várias vivências do mesmo tipo”.

Arquétipos simbólicos e mitológicos, oníricos, universais, extraídos do inconsciente coletivo das culturas humanas, apoderados e apropriados com uma roupagem regional, vista no conjunto cultural nordestino, na e da vida deste homem, que, sendo um personagem literário, é também um homem universal, lapidado na e para a obra de Elomar, que também se apresenta como um divulgador de culturas. Em leituras auditivas e visuais de um recorte dessas canções notamos que o autor se apropria de núcleos temáticos, que por ele são mostrados em forma de desafios, chulas, incelenças, cantigas e loas.

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