Gentidades

Em sua atividade como professor, nas pesquisas antropológicas desenvolvidas junto aos índios e nos cargos políticos que exerceu, Darcy Ribeiro sempre se valeu do material humano que o cercou.
Desbragadamente aberto ao trabalho coletivo, Darcy nunca se isolou e jamais permitiu que seus colegas de geração permanecessem solitários em suas utopias, tão caras a ele.


Este Gentidades reúne três textos de Darcy concebidos em momentos diferentes de sua vida que denotam sua incontornável crença na capacidade de ação dos indivíduos quando movidos por bons ideais.
O primeiro texto aqui coligido constitui-se no prólogo à edição venezuelana de Casa-grande & senzala, obra-mestra de Gilberto Freyre, publicada dentro da coleção Biblioteca Ayacucho, em 1977.
Os apontamentos de Darcy acerca do sociólogo pernambucano e seu livro fundamental trazem elementos para o repensar do lugar de Freyre no pensamento social brasileiro. Eles demonstram, antes de mais nada, o respeito irreverente que Darcy mantinha em relação a uma interpretação do Brasil com a qual tinha divergências e deslumbramentos.
Em seguida, nos deparamos com um dos textos mais célebres de Darcy no campo da antropologia indígena. Trata-se de um magnânimo ensaio em que procura desvendar os enigmas da trajetória de um índio chamado Uirá, o qual, após sentir-se por diversas vezes como um desterrado em sua própria terra, decide tirar a própria vida na vila maranhense de São Pedro, lançando-se para a morte nas águas do rio Pindaré.
Conhecedor de todos os cantos e meandros da América Latina, Darcy Ribeiro teve a oportunidade de conviver no Chile com Salvador Allende, fundador do Partido Socialista daquele país. O médico e político de importância central no panorama político latino-americano do século XX alcançaria a presidência da República do Chile em 1970.
Como é sabido, Allende acabaria deposto em 1973 por um golpe militar encabeçado pelo chefe das forças armadas à época, o general Augusto Pinochet. Os sonhos de liberdade aspirados por Allende e incompreendidos por boa parte de seus contemporâneos são brilhantemente rememorados no texto de Darcy que encerra este livro.
Um passeio envolvente e inesquecível pelas reflexões de um homem que acreditava no poder transformador das gentes latino-americanas é que o leitor tem à sua disposição em Gentidades.

   

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Em sua atividade como professor, nas pesquisas antropológicas desenvolvidas junto aos índios e nos cargos políticos que exerceu, Darcy Ribeiro sempre se valeu do material humano que o cercou.
Desbragadamente aberto ao trabalho coletivo, Darcy nunca se isolou e jamais permitiu que seus colegas de geração permanecessem solitários em suas utopias, tão caras a ele.
Este Gentidades reúne três textos de Darcy concebidos em momentos diferentes de sua vida que denotam sua incontornável crença na capacidade de ação dos indivíduos quando movidos por bons ideais.
O primeiro texto aqui coligido constitui-se no prólogo à edição venezuelana de Casa-grande & senzala, obra-mestra de Gilberto Freyre, publicada dentro da coleção Biblioteca Ayacucho, em 1977.
Os apontamentos de Darcy acerca do sociólogo pernambucano e seu livro fundamental trazem elementos para o repensar do lugar de Freyre no pensamento social brasileiro. Eles demonstram, antes de mais nada, o respeito irreverente que Darcy mantinha em relação a uma interpretação do Brasil com a qual tinha divergências e deslumbramentos.
Em seguida, nos deparamos com um dos textos mais célebres de Darcy no campo da antropologia indígena. Trata-se de um magnânimo ensaio em que procura desvendar os enigmas da trajetória de um índio chamado Uirá, o qual, após sentir-se por diversas vezes como um desterrado em sua própria terra, decide tirar a própria vida na vila maranhense de São Pedro, lançando-se para a morte nas águas do rio Pindaré.
Conhecedor de todos os cantos e meandros da América Latina, Darcy Ribeiro teve a oportunidade de conviver no Chile com Salvador Allende, fundador do Partido Socialista daquele país. O médico e político de importância central no panorama político latino-americano do século XX alcançaria a presidência da República do Chile em 1970.
Como é sabido, Allende acabaria deposto em 1973 por um golpe militar encabeçado pelo chefe das forças armadas à época, o general Augusto Pinochet. Os sonhos de liberdade aspirados por Allende e incompreendidos por boa parte de seus contemporâneos são brilhantemente rememorados no texto de Darcy que encerra este livro.
Um passeio envolvente e inesquecível pelas reflexões de um homem que acreditava no poder transformador das gentes latino-americanas é que o leitor tem à sua disposição em Gentidades.

   

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