A Religião Como Recurso Motivacional Moral Em Habermas

A Religião Como Recurso Motivacional Moral Em Habermas oferece uma exposição instigante acerca da articulação entre religião e moralidade em Habermas.

A Religião Como Recurso Motivacional Moral Em Habermas centra-se na análise de um alegado déficit motivacional moral na formulação de um modelo de democracia deliberativa proposto pelo filósofo alemão Jürgen Habermas.

Ao focalizar sua produção em proveito das figuras de intersubjetividade e deixando de tratar com acuidade daquele momento monológico em que o cidadão decide agir de modo responsável e participar da sociedade ancorada no uso da razão, o modelo habermasiano transpareceria não levar em consideração as motivações que estão na origem de uma cidadania ativa e participativa.

Com efeito, Christopher Craig Brittain garante que é o próprio Habermas quem, nos anos mais recentes, conclui que “há uma necessidade racional de ir além da racionalidade comunicativa no intuito de reforçá-la com algo que assegure confiança em seu potencial e nutra a motivação em se engajar nos seus procedimentos”.

Questiona-se, em última análise, se, em sociedades contemporâneas ideologicamente pluralistas, um consenso de fundo limitado a procedimentos e princípios seria suficiente para garantir a estabilização social, sem contar com outras fontes da razão prática.

No ano de 1992, Habermas publicou a obra Direito E Democracia: Entre Facticidade E Validade, na qual veicula seu modelo procedimental de democracia, calcado na ética do discurso.

Pode-se afirmar, no entanto, que a temática comunicativa associada à cidadania permeia o conjunto de sua obra, desde os primeiros ensaios, ainda que de maneira implícita ou descontínua, podendo ser considerado um dos que mais fomentou as consequências da guinada linguística nessa área do conhecimento.

Com efeito, ainda que seja possível se identificar uma aparente diversidade de foco em sua produção intelectual ao longo dos anos, visto ter-se dedicado, durante certo tempo, ao enfrentamento de temáticas envolvendo a razão comunicativa, para somente a partir do início dos anos 1990 ter voltado a explicitar suas considerações quanto ao tema da democracia, o que já tinha sido feito em sua obra de entrada no mercado editorial, Mudança Estrutural Da Esfera Pública, não é demais sustentar que este último é o fio condutor que perpassa o conjunto de sua produção, havendo uma relação de completude entre considerações linguísticas e políticas.

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Com efeito, Christopher Craig Brittain garante que é o próprio Habermas quem, nos anos mais recentes, conclui que “há uma necessidade racional de ir além da racionalidade comunicativa no intuito de reforçá-la com algo que assegure confiança em seu potencial e nutra a motivação em se engajar nos seus procedimentos”.

Questiona-se, em última análise, se, em sociedades contemporâneas ideologicamente pluralistas, um consenso de fundo limitado a procedimentos e princípios seria suficiente para garantir a estabilização social, sem contar com outras fontes da razão prática.

No ano de 1992, Habermas publicou a obra Direito E Democracia: Entre Facticidade E Validade, na qual veicula seu modelo procedimental de democracia, calcado na ética do discurso.

Pode-se afirmar, no entanto, que a temática comunicativa associada à cidadania permeia o conjunto de sua obra, desde os primeiros ensaios, ainda que de maneira implícita ou descontínua, podendo ser considerado um dos que mais fomentou as consequências da guinada linguística nessa área do conhecimento.

Com efeito, ainda que seja possível se identificar uma aparente diversidade de foco em sua produção intelectual ao longo dos anos, visto ter-se dedicado, durante certo tempo, ao enfrentamento de temáticas envolvendo a razão comunicativa, para somente a partir do início dos anos 1990 ter voltado a explicitar suas considerações quanto ao tema da democracia, o que já tinha sido feito em sua obra de entrada no mercado editorial, Mudança Estrutural Da Esfera Pública, não é demais sustentar que este último é o fio condutor que perpassa o conjunto de sua produção, havendo uma relação de completude entre considerações linguísticas e políticas.

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