
Quem sou eu? De onde veio o mundo? O que devo fazer para viver melhor? Por que estou tão triste? O que acontece dentro de mim quando estou apaixonado?
São perguntas comuns, feitas cotidianamente por todos nós. Apesar de cotidianas, não são levianas ou inúteis. São questões profundas, feitas pelos maiores pensadores da humanidade ao longo dos últimos três mil anos. Nos dias de hoje, são tema de investigação científica dentro das principais universidades do mundo.
Frequentemente, aqueles que desejam compreender as ideias dos grandes pensadores ou as recentes pesquisas científicas encontram um difícil obstáculo: a linguagem dos textos é complicada e muito pouco convidativa.
Como professores, nosso objetivo sempre foi trazer o conhecimento de forma acessível ao maior número possível de pessoas, sem jamais perder o rigor filosófico e científico. Desejamos derrubar, no bom sentido, as barreiras impostas pelos muros de universidades e laboratórios.
Acreditamos que o conhecimento é o melhor caminho para a condução de uma vida verdadeiramente humana. O conhecimento permite sobretudo a busca e a luta por melhores formas de viver e de conviver.
Devemos a ele tudo o que chamamos de “avanço” nas esferas pessoais e sociais da humanidade. Sendo assim, qualquer obstáculo entre o ser humano e o conhecimento deve ser questionado.
À primeira vista, Em Busca De Nós Mesmos pode parecer um diálogo entre campos do conhecimento muito distantes. De um lado, a filosofia (e as ideias de gigantes como Aristóteles, Platão e Spinoza). Do outro, as ciências da mente (psicologia e neurociências).
Nosso objetivo, no entanto, é mostrar ao leitor justamente o contrário: as reflexões que a filosofia e a ciência propõem são, em grande medida, complementares. Filósofos e cientistas da Antiguidade até os dias atuais estão em uma grande jornada, em uma missão em busca de nós mesmos.
Em Busca De Nós Mesmos traz discussões sobre temas diversos a partir de olhares igualmente distintos. Ofereceremos algumas respostas às perguntas feitas no início deste prefácio. Traremos respostas a muitas outras questões. Não serão respostas únicas e absolutas, é claro. Mas permitirão ao leitor refletir e, quem sabe, chegar a suas próprias conclusões.
Além disso, ofereceremos questionamentos para os quais não temos respostas. Algumas ideias serão fáceis de compreender. Outras nem tanto. Apesar disso, garantimos que todas essas reflexões foram e continuam sendo importantes para a compreensão do ser humano e de nosso papel no universo.
