
O “Projeto Acolher Cidadão” nasceu de uma determinação dos gestores municipais, Prefeitura Municipal e Secretaria Municipal de Saúde, e dos trabalhadores da saúde e usuários do Sistema Único de Saúde – SUS de Quixadá – Ce.
A partir de pesquisa feita com os usuários e trabalhadores da saúde do município, os gestores identificaram os seguintes problemas em sua rede assistencial:
- Relações Humanas: dificuldades de relacionamento dos profissionais de saúde entre si, com os usuários, e entre profissionais, usuários e gestor público;
- Gestão dos Serviços: ineficiência no gerenciamento dos serviços e ausência de participação dos usuários;
- Humanização dos Serviços e da Assistência: este é o ponto principal, que envolve todos os demais, identificando junto aos usuários queixas referentes ao descaso, desatenção, longas filas, demora para se conseguir atendimento nos serviços; por outro lado, os trabalhadores da saúde se queixavam da falta de educação dos usuários, violência, desrespeito.
Com esta problemática delineada, os gestores do município enviaram ao Ministério da Saúde (MS) o projeto “Acolher Cidadão: humanizando o atendimento a saúde” requerendo verba para capacitar trezentos (300) trabalhadores da saúde deste município, o equivalente a 50%.
O MS acolheu o projeto e liberou o recurso que permintiu ao município fazer parceria com a Universidade Estadual do Ceará – UECE para juntos desenvolver o projeto de capacitação.
O grupo de professores vinculados ao Laboratório de Humanização da Atenção à Saúde – LHUAS elaborou, e executou este projeto de capacitação que tem por base os princípios e diretrizes da Política Nacional de Humanização – PNH e da Política Estadual de Humanização do Ceará – PEH/Ce.
Sabemos que o processo de construção do SUS no Brasil, nos últimos 14 anos, possibilitou avanços na descentralização da atenção, visando concretizar os princípios de hierarquização, universalidade e aumento da equidade nos cuidados estendidos à população.
Entretanto, ainda há aspectos contraditórios neste cenário de mudanças que requer urgente intervenção mediante a importância que assumem na consolidação da política exigida para o setor.
