O tema do livro se baseia nas discussões entre constitucionalismo latino-americano, ética e meio ambiente, sendo desenvolvida várias temáticas transversais aos mesmos.
O Objetivo do livro é ampliar as discussões e reflexões acerca das pesquisas realizadas sobre a temática afim de buscar a difusão do conhecimento científico para a melhoria e para o benefício da sociedade atual.
Em primeiro aspecto é de se falar dos temas escolhidos pela organizadora. Três elementos se destacam: um, o constitucionalismo latinoamericano; dois, ética; e três, meio ambiente.
Os três elementos, cada um deles, por si só, perfazem um universo para discussão acadêmica, mas este não é o intuito escolhido para dar configuração à obra e, neste particular, é que o livro, apresentado à comunidade acadêmica, ganha relevância.
Assim, a importância da obra está no seu escopo de interligar os três elementos indicados no título, que perfazem várias possibilidades, como, por exemplo, o primeiro capítulo do livro “CONSTITUCIONALISMO LATINO-AMERICANO: uma análise relacionada à ética ambiental”.
Isso, com certeza, foi levado em conta quando a FAPERGS, órgão de fomento à pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul, optou por financiar a pesquisa que deu origem ao livro.
Indiscutivelmente, cada dia mais vem se discutindo as ideias do constitucionalismo latino-americano como possibilidade de um novo olhar para o meio ambiente, tão castigado na modernidade consumocentrista.
Ver o meio ambiente simbioticamente relacionado ao ser humano parece ser uma constatação fundamental, não só para a preservação dele enquanto possibilitador na vida como a conhecemos, como também, por consequência lógica, a própria preservação da vida humana.
Nesse diapasão, a ética se perfaz como ingrediente indispensável a essas novas ideias, vez que, através dela o ser humano pode trazer a lume reformas importantes, principalmente no trato tecnológico, para a minimização dos danos infringidos ao meio ambiente pela atuação humana, em particular no que se refere à industrialização e consumo desenfreado.
A modernidade tecnológica que, inicialmente, se teve como resposta a todos os problemas humanos, demonstrou-se nefastas em vários aspectos e, neste particular, ao meio ambiente, vez que, como afirma Linares “la sociedade moderna identificó el desarrollo tecnocientífico – poderoso y autónomo con respecto a los valores éticos o políticos – como el motor principal de progresso.”
A ética do progresso foi configurada como elemento indissociável a manutenção da vida humana e, nesse aspecto, trabalhamos com um progresso rumo ao infinito, independente da verificação das condições ambientais necessárias. Buscamos, em circunstâncias finitas, a satisfação de nosso ego infinito.
