Fronteiras E Saúde

Fronteiras E Saúde versa sobre os contextos geográficos em saúde por meio de debates teóricos, vivências e experiências de saúde na fronteira.

Fronteiras E Saúde: Experiências, Vivências E Possibilidades versa sobre os contextos geográficos em saúde por meio de debates teóricos, vivências e experiências de saúde na fronteira e sobre as fronteiras na saúde.

Os textos desta obra perpassam por reflexões acerca das possibilidades de análise de políticas públicas e dos saberes tradicionais e suas práticas em saúde. Assim, propõem “observar a fronteira não apenas como um elemento, uma forma, mas como um processo histórico em movimento, de conflitos e de interações”, abrindo uma necessária reflexão sobre a natureza da fronteira.

Este livro trata de saúde e fronteiras. Julga-se desnecessário lembrar aos leitores engajados na geografia da saúde os debates sobre a definição de saúde entre os focos dados respectivamente às doenças e ao bem-estar, que orientam desenhos diferentes de modelos de sistemas de saúde, porém entender melhor as naturezas das fronteiras pode ser útil.

Em todo o seu longo percurso do Chuí ao Oiapoque, a fronteira continental do Brasil pode ser percebida como limite ou como fronteira. Na perspectiva clássica da saúde, construída nas práticas seculares da vigilância epidemiológica e sanitária, a fronteira é um limite para contenção de vetores de doenças e ameaças sanitárias.

Mas, segundo Bertha Becker, “Tordesilhas” é o “símbolo da tensão fronteira/limite, que constitui um dos componentes da formação histórico-geográfica brasileira, sem o qual é difícil compreender hoje esse imenso país”. Então, trabalhar essa tensão, como foi feito em várias contribuições desse livro, é um caminho auspicioso.

Isso por várias boas razões: 1) o território carrega desde as suas origens a experiência da impossibilidade da contenção plena, isto é, de limites rígidos, se considerarmos a catástrofe epidemiológica que acometeu as populações ameríndias quando da conquista a partir do litoral que seguiu Tordesilhas; fazer valer a contenção exige ações complexas e cooperações entre agentes como demonstraram os textos com foco nas vigilâncias epidemiológicas; 2) por estar distante das grandes metrópoles e concentrações urbanas, a fronteira continental corre em espaços frequentemente vistos como longínquos rincões, cuja incorporação a sistemas estruturados é somente parcial, ainda em processo, submetida a concepções geopolíticas alternando segurança e cooperação e, não raro, pouco atentas às práticas e às vivências locais.

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Este livro trata de saúde e fronteiras. Julga-se desnecessário lembrar aos leitores engajados na geografia da saúde os debates sobre a definição de saúde entre os focos dados respectivamente às doenças e ao bem-estar, que orientam desenhos diferentes de modelos de sistemas de saúde, porém entender melhor as naturezas das fronteiras pode ser útil.

Em todo o seu longo percurso do Chuí ao Oiapoque, a fronteira continental do Brasil pode ser percebida como limite ou como fronteira. Na perspectiva clássica da saúde, construída nas práticas seculares da vigilância epidemiológica e sanitária, a fronteira é um limite para contenção de vetores de doenças e ameaças sanitárias.

Mas, segundo Bertha Becker, “Tordesilhas” é o “símbolo da tensão fronteira/limite, que constitui um dos componentes da formação histórico-geográfica brasileira, sem o qual é difícil compreender hoje esse imenso país”. Então, trabalhar essa tensão, como foi feito em várias contribuições desse livro, é um caminho auspicioso.

Isso por várias boas razões: 1) o território carrega desde as suas origens a experiência da impossibilidade da contenção plena, isto é, de limites rígidos, se considerarmos a catástrofe epidemiológica que acometeu as populações ameríndias quando da conquista a partir do litoral que seguiu Tordesilhas; fazer valer a contenção exige ações complexas e cooperações entre agentes como demonstraram os textos com foco nas vigilâncias epidemiológicas; 2) por estar distante das grandes metrópoles e concentrações urbanas, a fronteira continental corre em espaços frequentemente vistos como longínquos rincões, cuja incorporação a sistemas estruturados é somente parcial, ainda em processo, submetida a concepções geopolíticas alternando segurança e cooperação e, não raro, pouco atentas às práticas e às vivências locais.

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