Do Romantismo A Nietzsche

Do Romantismo A Nietzsche: Rupturas E Transformações Na Filosofia Do Século XIX - Este livro reúne oito estudos de Filosofia Moderna e Contemporânea, com o objetivo de investigar as rupturas e transformações ocorridas no pensamento filosófico desse período. A pergunta que norteia cada um desses ensaios é: como a Filosofia reage ao triunfo das ciências naturais e da industrialização no século XIX? Nem o pensamento mais abstrato pode se furtar ao fato de que a Filosofia tem de responder ao domínio crescente da tecnociência e das novas condições de vida trazidas pelas Revoluções Francesa e Industrial.


O Romantismo alemão é a primeira tentativa que analisamos para se contrapor aos efeitos da Dupla Revolução (Francesa e Industrial). Através da arte, os Românticos pretendiam revolucionar todas as estruturas do mundo moderno. Com a filosofia da arte, de Schelling, temos um projeto filosófico promissor, que coloca o sujeito artístico no centro da transformação do mundo. Esse projeto filosófico ocasiona uma ruptura com filosofia metafísica e moral anterior, mas aponta também novos caminhos para a filosofia em meio à crise e à crítica da modernidade.
É justamente a construção de um idealismo da subjetividade que marca a Filosofia de Fichte. Ao colocar o ‘eu’ no centro da filosofia teórica e prática, Fichte influenciou a geração de jovens românticos, e também Hegel, que radicaliza a posição da subjetividade em sua dialética. Hegel tem uma compreensão filosófica significativa da modernidade, ao tentar justificar racionalmente o progresso histórico. A dialética especulativa hegeliana é um enorme esforço sistemático para elaborar a supremacia do Espírito face a todas as contradições e limitações do mundo histórico e real. Esse esforço descomunal, contudo, expôs a miséria da filosofia idealista. Com isso, entramos na crítica da esquerda hegeliana.
A crítica de Feuerbach ao pensamento de Hegel e à religião ocasionou uma transformação da filosofia, que colocou a antropologia e o materialismo em primeiro plano. Marx é o filósofo que se destaca na esquerda hegeliana, com o esforço de reconquistar o homem verdadeiro a partir das relações econômicas.
Tanto a antropologia de Feuerbach como o materialismo histórico de Marx têm em vista a emancipação humana, nas formas que assumiram nos movimentos políticos e sociais do século XIX. A dialética e a práxis histórica de Marx representam um esforço de salvaguardar a liberdade humana em meio aos processos de industrialização e transformação da natureza na modernidade.

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Do Romantismo A Nietzsche: Rupturas E Transformações Na Filosofia Do Século XIX

– Este livro reúne oito estudos de Filosofia Moderna e Contemporânea, com o objetivo de investigar as rupturas e transformações ocorridas no pensamento filosófico desse período. A pergunta que norteia cada um desses ensaios é: como a Filosofia reage ao triunfo das ciências naturais e da industrialização no século XIX? Nem o pensamento mais abstrato pode se furtar ao fato de que a Filosofia tem de responder ao domínio crescente da tecnociência e das novas condições de vida trazidas pelas Revoluções Francesa e Industrial.
O Romantismo alemão é a primeira tentativa que analisamos para se contrapor aos efeitos da Dupla Revolução (Francesa e Industrial). Através da arte, os Românticos pretendiam revolucionar todas as estruturas do mundo moderno. Com a filosofia da arte, de Schelling, temos um projeto filosófico promissor, que coloca o sujeito artístico no centro da transformação do mundo. Esse projeto filosófico ocasiona uma ruptura com filosofia metafísica e moral anterior, mas aponta também novos caminhos para a filosofia em meio à crise e à crítica da modernidade.
É justamente a construção de um idealismo da subjetividade que marca a Filosofia de Fichte. Ao colocar o ‘eu’ no centro da filosofia teórica e prática, Fichte influenciou a geração de jovens românticos, e também Hegel, que radicaliza a posição da subjetividade em sua dialética. Hegel tem uma compreensão filosófica significativa da modernidade, ao tentar justificar racionalmente o progresso histórico. A dialética especulativa hegeliana é um enorme esforço sistemático para elaborar a supremacia do Espírito face a todas as contradições e limitações do mundo histórico e real. Esse esforço descomunal, contudo, expôs a miséria da filosofia idealista. Com isso, entramos na crítica da esquerda hegeliana.
A crítica de Feuerbach ao pensamento de Hegel e à religião ocasionou uma transformação da filosofia, que colocou a antropologia e o materialismo em primeiro plano. Marx é o filósofo que se destaca na esquerda hegeliana, com o esforço de reconquistar o homem verdadeiro a partir das relações econômicas.
Tanto a antropologia de Feuerbach como o materialismo histórico de Marx têm em vista a emancipação humana, nas formas que assumiram nos movimentos políticos e sociais do século XIX. A dialética e a práxis histórica de Marx representam um esforço de salvaguardar a liberdade humana em meio aos processos de industrialização e transformação da natureza na modernidade.

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