Um Conto De Natal

China Miéville - Um Conto De Natal

Num futuro indeterminado, tudo o que diz respeito ao Natal foi transformado em marcas registradas: os festejos só podem ocorrer sob licença.

Em Um Conto De Natal, o escritor britânico China Miéville visita um tópico dos contos dedicados a essa temporada – o roubo do espírito natalino – e o relê em chave política.

Um Conto De Natal foi traduzido por Fábio Fernandes, ilustrado por Odyr e publicado originalmente em português pelo caderno "Ilustríssima" do jornal Folha de S.Paulo, por mediação da Boitempo.

Um dos nomes mais importantes da literatura New Weird, inovação formal que trabalha com híbrido de ficção científica, fantasia e horror, Miéville foi contemplado pelo Hugo Award (o prêmio mais importante dedicado aos livros de ficção científica), recebeu três vezes o Arthur C. Clarke Award e duas vezes o British Fantasy Award, dentre outros prêmios.

Ativista de esquerda, Miéville admite temor pela atual polarização política no mundo. “Nunca houve uma época tão boa para ser fascista. Mas abruptamente no Reino Unido não houve, nos últimos 50 anos, um tempo tão bom para ser socialista”, analisa. “Para se combater a extrema direita, é necessário lutar pela esquerda. A melhor maneira de agir em tempos perigosos é com ousadia política e teórica em vez de ter cautela excessiva.”

Mesmo os livros de ficção de Miéville, como Estação Perdido e A Cidade & a Cidade, têm um viés marcadamente político. “Não escrevo ficção científica buscando uma agenda política”, ressalta o autor. “Se você pensa sobre o mundo de uma forma política, isso vai permear sua ficção. Quando eu escrevo, meu trabalho é contar a melhor história possível, mas para mim, a melhor história que eu posso contar terá uma textura política”, completa.

Vindo do sci-fi, é natural que Miéville pense sobre o papel da esquerda em um mundo tão tecnologicamente desenvolvido. “A tecnologia não é nossa inimiga, mas sim o que é feito com ela. Se a robotização fortalecer o poderio do capital e enfraquecer a classe operária, eu não acredito que a resposta seja atacar os robôs, mas sim os desdobramentos dessa tecnologia. Se o mundo se transformar fundamentalmente, essas tecnologias tornarão a vida de todos melhor.”

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China Miéville – Um Conto De Natal

Num futuro indeterminado, tudo o que diz respeito ao Natal foi transformado em marcas registradas: os festejos só podem ocorrer sob licença.

Em Um Conto De Natal, o escritor britânico China Miéville visita um tópico dos contos dedicados a essa temporada – o roubo do espírito natalino – e o relê em chave política.

Um Conto De Natal foi traduzido por Fábio Fernandes, ilustrado por Odyr e publicado originalmente em português pelo caderno “Ilustríssima” do jornal Folha de S.Paulo, por mediação da Boitempo.

Um dos nomes mais importantes da literatura New Weird, inovação formal que trabalha com híbrido de ficção científica, fantasia e horror, Miéville foi contemplado pelo Hugo Award (o prêmio mais importante dedicado aos livros de ficção científica), recebeu três vezes o Arthur C. Clarke Award e duas vezes o British Fantasy Award, dentre outros prêmios.

Ativista de esquerda, Miéville admite temor pela atual polarização política no mundo. “Nunca houve uma época tão boa para ser fascista. Mas abruptamente no Reino Unido não houve, nos últimos 50 anos, um tempo tão bom para ser socialista”, analisa. “Para se combater a extrema direita, é necessário lutar pela esquerda. A melhor maneira de agir em tempos perigosos é com ousadia política e teórica em vez de ter cautela excessiva.”

Mesmo os livros de ficção de Miéville, como Estação Perdido e A Cidade & a Cidade, têm um viés marcadamente político. “Não escrevo ficção científica buscando uma agenda política”, ressalta o autor. “Se você pensa sobre o mundo de uma forma política, isso vai permear sua ficção. Quando eu escrevo, meu trabalho é contar a melhor história possível, mas para mim, a melhor história que eu posso contar terá uma textura política”, completa.

Vindo do sci-fi, é natural que Miéville pense sobre o papel da esquerda em um mundo tão tecnologicamente desenvolvido. “A tecnologia não é nossa inimiga, mas sim o que é feito com ela. Se a robotização fortalecer o poderio do capital e enfraquecer a classe operária, eu não acredito que a resposta seja atacar os robôs, mas sim os desdobramentos dessa tecnologia. Se o mundo se transformar fundamentalmente, essas tecnologias tornarão a vida de todos melhor.”

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