Testemunhas De Uma Barbárie

A obra não vale tanto pelo que diz, mas pelo vazio que deixa ao não poder dizer tudo que deveria ser dito e que só os mortos e desaparecidos poderiam dizer.

O motivo inicial de esta obra, Testemunhas De Uma Barbárie, provem da interpelação das vítimas da violência institucional perpetrada durante o golpe de Estado no Brasil em 1964 e que perdurou, em diversos graus, até 1988.

Essa violência estrutural obedeceu a um rigoroso planejamento de “limpeza” social dos considerados opositores políticos ou ideológicos do novo regime militar. Centenas foram mortos e desaparecidos.

Dezenas de milhares dos detidos foram submetidos às mais diversas torturas através das quais agentes militares, policiais e políticos que colocaram em prática as técnicas apreendidas em escolas especializadas em tortura e interrogatório de prisioneiros, como a famosa Escola das Américas, patrocinada pelos EEUU para treinar militares latino-americanos nas táticas de tortura.

Centenas de milhares de pessoas sofreram a repressão política através de inúmeras prisões, exílios, sanções administrativas, perdas de emprego, etc.

A obra apresenta inicialmente alguns relatórios de mortos e desaparecidos, da Comissão Estadual da Verdade do RS. Os mortos e desaparecidos marcam com seu silencio um testemunho que é indizível.

A indizibilidade do seu testemunho torna-o um espaço privilegiado de verdade e memória. O vazio de sua ausência não pode ser preenchido por discursos nem liturgias oficiais.

Seu vazio excede toda palavra, por isso sua ausência sentida, nomeada, recebida torna-se o verdadeiro testemunho. A indizibilidade desse vazio opera como o testemunho de um sofrimento que excede qualquer figura de
linguagem.

Não entanto, ele interpela pelo silêncio, na medida que é reconhecido e acolhido como presencia ausente. Com esse objetivo, oferecemos alguns relatórios de mortos e desaparecidos a fim de que, na sua interpelação, o vazio de sua ausência torne-se o verdadeiro testemunho.

O relatório não vale tanto pelo que diz, mas pelo vazio que deixa ao não poder dizer tudo que deveria ser dito e que só os mortos e desaparecidos poderiam dizer.

Esta é nossa primeira homenagem de memória, que replica como interpelação de justiça devida aos mortos e desaparecidos.

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Essa violência estrutural obedeceu a um rigoroso planejamento de “limpeza” social dos considerados opositores políticos ou ideológicos do novo regime militar. Centenas foram mortos e desaparecidos.

Dezenas de milhares dos detidos foram submetidos às mais diversas torturas através das quais agentes militares, policiais e políticos que colocaram em prática as técnicas apreendidas em escolas especializadas em tortura e interrogatório de prisioneiros, como a famosa Escola das Américas, patrocinada pelos EEUU para treinar militares latino-americanos nas táticas de tortura.

Centenas de milhares de pessoas sofreram a repressão política através de inúmeras prisões, exílios, sanções administrativas, perdas de emprego, etc.

A obra apresenta inicialmente alguns relatórios de mortos e desaparecidos, da Comissão Estadual da Verdade do RS. Os mortos e desaparecidos marcam com seu silencio um testemunho que é indizível.

A indizibilidade do seu testemunho torna-o um espaço privilegiado de verdade e memória. O vazio de sua ausência não pode ser preenchido por discursos nem liturgias oficiais.

Seu vazio excede toda palavra, por isso sua ausência sentida, nomeada, recebida torna-se o verdadeiro testemunho. A indizibilidade desse vazio opera como o testemunho de um sofrimento que excede qualquer figura de
linguagem.

Não entanto, ele interpela pelo silêncio, na medida que é reconhecido e acolhido como presencia ausente. Com esse objetivo, oferecemos alguns relatórios de mortos e desaparecidos a fim de que, na sua interpelação, o vazio de sua ausência torne-se o verdadeiro testemunho.

O relatório não vale tanto pelo que diz, mas pelo vazio que deixa ao não poder dizer tudo que deveria ser dito e que só os mortos e desaparecidos poderiam dizer.

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