Figuração De Personagens E Mundos Possíveis Insólitos

Figuração De Personagens E Mundos Possíveis Insólitos discute como se organizam os mundos narrativos do insólito a partir da figuração da personagem.

Configuração dos processos de ficcionalidade. Cabe à personagem a primazia da armação desses mundos que ela habita, transitando em tempo e espaço e sofrendo ou exercendo as ações narradas.

Assim, como produção ou como produto a relação entre cada personagem com o universo narrativo determina o conjunto de tipos de modelo de mundo que competem para configuração do mundo possível ficcional que se sobreleva como cenário.

A constituição de mundos possíveis narrativos envolve um conjunto de estratégias presentes nos modelos de construção de mundos, designando modos e sentidos próprios na forma com que o ficcionista engendra sua produção ficcional.

Os mundos possíveis ficcionais são construídos por um conjunto de propriedades que os definem e são formulados em dado tempo e espaço.

Nesse sentido, os mundos possíveis do insólito são mundos em que o insólito se manifesta, pondo em causa os modelos semionarrativos real
naturalistas, ou seja, aqueles que se sustentam na apreensão do mundo real tal como é pensado pelo senso comum em dado recorte social, histórico e cultural.

Os mundos do insólito são formados por um distanciamento de maior ou menor alcance, relativamente ao mundo quotidiano e à realidade de referência.

Assim, a figuração das personagens na constituição dos mundos possíveis da ficção do insólito é de extrema importância; entendendo-se a categoria personagem como signo podemos percebê-la, a nível diegético, como um índice de evidência do insólito, tendo em atenção a noção derivada dos estímulos revelados através delas em narrativas marcadas pela manifestação do insólito.

Nos casos em que se observa a figuração de personagens como processo, submetido à construção do discurso, verifica se que os mundos possíveis ficcionais em que o insólito irrompe estariam marcados pela presença de traços constitutivos de personagens desestruturadas e desestruturadoras, que geram uma crescente incongruência nesses mundos textuais.

A caracterização dessa categoria narrativa, como eixo central de configuração dos mundos possíveis ficcionais, constitui se por meio de um conjunto de traços formulados no discurso literário para produzir seres verossímeis, mas profundamente denunciadores da realidade ou “vivência” insólita que os circunda.

O objetivo do simpósio é refletir acerca dos processos de construção das personagens nos modelos de consecução dos mundos possíveis ficcionais, com vistas a discutir como se organizam os mundos narrativos do insólito a partir da figuração da personagem.

Pretende-se, para tanto, perceber ao longo dos debates os modelos de mundos possíveis do insólito, com especial atenção para a composição da categoria personagem no âmbito do discurso empregado em sua construção.

A estrutura do simpósio possibilita pelo menos duas aberturas distintas e complementares: pensar se a realização dos mundos possíveis ficcionais a partir da figuração de personagens com matriz insólita e/ou refletir acerca da construção de mundos possíveis ficcionais de cariz insólito com base na referencialidade de suas personagens.

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Figuração De Personagens E Mundos Possíveis Insólitos discute como se organizam os mundos narrativos do insólito a partir da figuração da personagem.

Configuração dos processos de ficcionalidade. Cabe à personagem a primazia da armação desses mundos que ela habita, transitando em tempo e espaço e sofrendo ou exercendo as ações narradas.

Assim, como produção ou como produto a relação entre cada personagem com o universo narrativo determina o conjunto de tipos de modelo de mundo que competem para configuração do mundo possível ficcional que se sobreleva como cenário.

A constituição de mundos possíveis narrativos envolve um conjunto de estratégias presentes nos modelos de construção de mundos, designando modos e sentidos próprios na forma com que o ficcionista engendra sua produção ficcional.

Os mundos possíveis ficcionais são construídos por um conjunto de propriedades que os definem e são formulados em dado tempo e espaço.

Nesse sentido, os mundos possíveis do insólito são mundos em que o insólito se manifesta, pondo em causa os modelos semionarrativos real
naturalistas, ou seja, aqueles que se sustentam na apreensão do mundo real tal como é pensado pelo senso comum em dado recorte social, histórico e cultural.

Os mundos do insólito são formados por um distanciamento de maior ou menor alcance, relativamente ao mundo quotidiano e à realidade de referência.

Assim, a figuração das personagens na constituição dos mundos possíveis da ficção do insólito é de extrema importância; entendendo-se a categoria personagem como signo podemos percebê-la, a nível diegético, como um índice de evidência do insólito, tendo em atenção a noção derivada dos estímulos revelados através delas em narrativas marcadas pela manifestação do insólito.

Nos casos em que se observa a figuração de personagens como processo, submetido à construção do discurso, verifica se que os mundos possíveis ficcionais em que o insólito irrompe estariam marcados pela presença de traços constitutivos de personagens desestruturadas e desestruturadoras, que geram uma crescente incongruência nesses mundos textuais.

A caracterização dessa categoria narrativa, como eixo central de configuração dos mundos possíveis ficcionais, constitui se por meio de um conjunto de traços formulados no discurso literário para produzir seres verossímeis, mas profundamente denunciadores da realidade ou “vivência” insólita que os circunda.

O objetivo do simpósio é refletir acerca dos processos de construção das personagens nos modelos de consecução dos mundos possíveis ficcionais, com vistas a discutir como se organizam os mundos narrativos do insólito a partir da figuração da personagem.

Pretende-se, para tanto, perceber ao longo dos debates os modelos de mundos possíveis do insólito, com especial atenção para a composição da categoria personagem no âmbito do discurso empregado em sua construção.

A estrutura do simpósio possibilita pelo menos duas aberturas distintas e complementares: pensar se a realização dos mundos possíveis ficcionais a partir da figuração de personagens com matriz insólita e/ou refletir acerca da construção de mundos possíveis ficcionais de cariz insólito com base na referencialidade de suas personagens.

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