Sim, Eu Digo Sim: Uma Visita Guiada Ao Ulysses De James Joyce

Este livro não é um tratado acadêmico sobre o Ulysses.
Ele também não é a chave de todos os enigmas nem a fonte de todos os dados.
Foi inteiro pensado para o “leitor comum” e prefere partir do princípio de que o Ulysses — complexo, denso etc. — de certa forma ainda padece por causa dessas reputações.

Elas são todas verdadeiras, reconheçamos, mas talvez tenham obscurecido outros méritos e outros atrativos. A ideia básica aqui é a de que todo leitor interessado em literatura de qualidade tem a capacidade e o direito de passar pela experiência profundamente transformadora que é a leitura do romance de Joyce.
E não apenas os especialistas.
E não somente os obcecados por charadas e estruturas.
No entanto o leitor brasileiro se vê realmente privado em algum grau dessa possibilidade plena, e isso pela inexistência quase total de um aparato de auxílio em português. E é bem aqui que este livro pretende se colocar.
Mas, a bem da verdade, mesmo entre os vários guias de leitura do Ulysses que hoje estão disponíveis em inglês ou em outros idiomas, este aqui pretende ser um pouco diferente. O que ele quer mesmo te dar é uma visita guiada.
Muito mais do que esquemas, paralelos entre a obra e a vida de Joyce, interpretações de simbolismos, leituras segundo esta ou aquela corrente crítica, interpretações pessoais originais deste ou daquele aspecto, ou mesmo da totalidade do romance (todas coisas mais que relevantes, que eu mesmo já fiz e hei de continuar fazendo em outros lugares, e que têm aqui também algum espaço), o que ele quer ser é um acompanhante que caminhe página a página pelo livro, como que te levando pela mão e dizendo insistentemente “isso aqui é importante”, “isso aqui vai ser importante”. Um acompanhante que ande do teu lado mostrando as coisas a que você deve mesmo prestar atenção (e que têm enorme risco de passar despercebidas na primeira leitura, ou mesmo nas primeiras leituras), tentando te ensinar, não a ler o Ulysses, porque isso o próprio livro faz melhor que ninguém, mas a aprender com o livro.
Aprender sobre leitura, narradores, romances.
Aprender sobre Bloom, Dedalus e Molly. Sobre o padre Conmee, Bob Doran, Lenehan e até sobre Boylan. Sobre o Ulysses.
Aprender sobre gente. Sobre você, inclusive. Sobre literatura.

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Este livro não é um tratado acadêmico sobre o Ulysses.
Ele também não é a chave de todos os enigmas nem a fonte de todos os dados.
Foi inteiro pensado para o “leitor comum” e prefere partir do princípio de que o Ulysses — complexo, denso etc. — de certa forma ainda padece por causa dessas reputações. Elas são todas verdadeiras, reconheçamos, mas talvez tenham obscurecido outros méritos e outros atrativos. A ideia básica aqui é a de que todo leitor interessado em literatura de qualidade tem a capacidade e o direito de passar pela experiência profundamente transformadora que é a leitura do romance de Joyce.
E não apenas os especialistas.
E não somente os obcecados por charadas e estruturas.
No entanto o leitor brasileiro se vê realmente privado em algum grau dessa possibilidade plena, e isso pela inexistência quase total de um aparato de auxílio em português. E é bem aqui que este livro pretende se colocar.
Mas, a bem da verdade, mesmo entre os vários guias de leitura do Ulysses que hoje estão disponíveis em inglês ou em outros idiomas, este aqui pretende ser um pouco diferente. O que ele quer mesmo te dar é uma visita guiada.
Muito mais do que esquemas, paralelos entre a obra e a vida de Joyce, interpretações de simbolismos, leituras segundo esta ou aquela corrente crítica, interpretações pessoais originais deste ou daquele aspecto, ou mesmo da totalidade do romance (todas coisas mais que relevantes, que eu mesmo já fiz e hei de continuar fazendo em outros lugares, e que têm aqui também algum espaço), o que ele quer ser é um acompanhante que caminhe página a página pelo livro, como que te levando pela mão e dizendo insistentemente “isso aqui é importante”, “isso aqui vai ser importante”. Um acompanhante que ande do teu lado mostrando as coisas a que você deve mesmo prestar atenção (e que têm enorme risco de passar despercebidas na primeira leitura, ou mesmo nas primeiras leituras), tentando te ensinar, não a ler o Ulysses, porque isso o próprio livro faz melhor que ninguém, mas a aprender com o livro.
Aprender sobre leitura, narradores, romances.
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