Bruce G. Trigger é professor de Arqueologia na McGill University, Canadá. Notabilizou-se com inúmeros artigos publicados em diferentes países e sobretudo com os livros Time and Traditions: Essays in Archaeological Interpretation e Gordon Childe: Revolutions in Archaeology. A sua História do pensamento arqueológico é uma obra de plena maturidade. Os dez capítulos de que se compõe apresentam-se cronologicamente, enfocando as maiores correntes teóricas e seu meio social e ressaltando que as abordagens interpretativas nas quais está interessado tendem a se sobrepor e interagir umas com as outras no espaço e no tempo. Desde a relevância da história da Arqueologia até as sínteses da história do pensamento arqueológico no século XX, Trigger revela a natureza dessa disciplina como um produto social.
Assim é que discorre sobre a Arqueologia Clássica e o Antiquarianismo, desde suas origens na Antigüidade até o Romantismo do final do século XVIII; o início da Arqueologia científica no século XIX com a introdução da cronologia relativa e o estudo do desenvolvimento cultural a partir das perspectivas humanísticas (Escandinávia) e das ciências naturais (Inglaterra, França). Sob o título “A síntese imperial”, discute a raiz de um pensamento racista imperial baseado numa abordagem unilinear evolutiva que colocou os brancos acima dos povos de cor, opiniões estas que acompanharam o expansionismo europeu por todo o século XIX. Para completar esta série de capítulos históricos, examina no cap. 5 o desenvolvimento da Arqueologia histórico-cultural no início do século XX, surgindo de conceitos europeus de etnicidade e nacionalismo e a propagação antropológica do conceito de cultura.
Seguem quatro capítulos explorando as tendências do pensamento arqueológico no decorrer do séc. XX, como o relato sobre a Arqueologia na União Soviética e a força de sua teoria marxista, sendo os soviéticos os pioneiros na década de 1930 a desenvolver a arqueologia dos assentamentos e a explicação social de dados arqueológicos. Passando pelo “Funcionalismo na Arqueologia ocidental” e seu grande impacto na área a partir da Segunda Guerra Mundial, e pelo “Neo-evolucionismo e Nova Arqueologia” com seu anti-historicismo, completa com “A explicação da diversidade” caracterizada pela expansão de várias correntes de pensamento na década de 1970 e seguintes e a reabilitação da História nas tendências neo-historicistas.
História Do Pensamento Arqueológico
- Arqueologia
- 89 Visualizações
- Nenhum Comentário
Link Quebrado?
Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.