Nos capítulos que compõe Pequenas Empresas: Empreendedorismo E Gestão Vol. I, falaremos de uma questão fundamental, eu diria um princípio vital. Muitas nações que ainda não alcançaram o chamado “nível de desenvolvimento”, só conseguirão sucesso nessa empreitada por meio dele. Sim, no conteúdo que compõe essa obra, falaremos de empreendedorismo.
Para Schumpeter, o primeiro autor a entender, defender e conceituar a inovação, o empreendedor é a força capaz de promover o desenvolvimento econômico, sendo o tônus vital desse ator a inovação, já que é ele quem promove o ciclo a chamada destruição criativa, na criação de novos produtos, serviços, métodos de produção e/ou mercados.
O empreendedor e a sua ação de empreender devem ser entendidos sob um contexto amplo, ou seja, sua força é válida e aplicável a qualquer mercado (público, privado ou terceiro setor) enquanto possibilidade de criação de novos negócios, dinamização de segmentos, modernização de processos, ações sociais e políticas públicas, dentre outras múltiplas possibilidades.
À esfera pessoal de cada indivíduo, no contexto do seu desenvolvimento; assim como sob a ótica do chamado intraempreendedorismo, onde os empregados, voluntários ou servidores de uma organização promovem o dinamismo e ações de impacto nas mesmas, a partir do seu comportamento e atitudes empreendedoras.
E ao contrário do entendimento comum sobre o tema, as características mais relevantes que compõe o perfil de um empreendedor podem ser desenvolvidas, ou seja, podem ser ensinadas e treinadas.
Claro, pode haver em alguns casos indivíduos que pela formação (experiências, família, etc.), já possuem uma maior parte dessas características de forma nata. Mas o fundamental é a lógica de que se pode desenvolver essas características em diversos indivíduos e, portanto, ter condições de se formar um exército de empreendedores. Apesar de não ser um processo de curto prazo é um processo possível e já percorrido por diversos territórios e nações desenvolvidas.
Apesar dos apontamentos de alguns estudos a nível mundial indicarem que o Brasil é um país com elevada taxa de empreendedorismo, a realidade parece contrastar de alguma maneira com essas estatísticas. Não sei se pela essência ou pela forma, mas é nítido que o nosso país ainda não encontrou um caminho claro para o desenvolvimento.
Certo é que temos um grau de intenção empreendedora dos mais elevados, até mesmo pelos sonhos estabelecidos com base numa sociedade consumista, mas na prática o que se vê é um exército de indivíduos buscando a estabilidade, o ganho fixo e outros benefícios estabelecidos pelas nossas leis que regem a relação de trabalho tanto na arena privada quanto pública.