ABC Da Relatividade

A Teoria da Relatividade alterou nossa visão de mundo. Em vista de todas estas mudanças, fez-se necessário que alguém se dispusesse a explicar da maneira mais simples e assimilável possível as sutilezas do pensamento de Einstein.

E esse alguém foi o filósofo britânico Bertrand Russell, que entregou ao público uma de suas melhores obras de divulgação científica: ABC da Relatividade.
Em linhas gerais, a relatividade especial, de 1905, torna sem sentido as noções de espaço e de tempo absolutos e de simultaneidade, presentes na física newtoniana: para observadores diferentes, um mesmo evento pode ocorrer em tempos diferentes. Einstein introduz o conceito de espaço-tempo, no qual a distância entre dois eventos passa a ser dada por intervalos espaciais e temporais.
O livro descreve ainda a relatividade geral, proposta por Einstein em 1915, na qual ele repensa a teoria da gravitação proposta no século 17 por Isaac Newton. Segundo o alemão, qualquer corpo gera uma dobra na estrutura do espaço-tempo, que acaba por atrair outros corpos, os quais buscam somente o caminho mais fácil para se deslocar, numa espécie de “preguiça universal”, nas palavras de Russell.
Para explicar o nascimento da teoria da relatividade, o filósofo britânico expõe os principais postulados da física clássica e as incompatibilidades entre eles e os novos fenômenos observados. Apresentar a relatividade, no entanto, envolve uma série de dificuldades, devido ao grau de abstração necessário em alguns momentos, ao enraizamento dos conceitos clássicos em nosso imaginário e aos próprios sentidos humanos, muitas vezes enganosos. Por isso, Russell opta por uma explicação passo a passo de cada uma das novas idéias de Einstein.
Para tornar o texto mais palatável, o autor quase não recorre à matemática e abusa da irreverência e das simplificações (algumas bem sucedidas, outras nem tanto). Piadinhas pontuam o texto e atenuam a complexidade conceitual dos temas abordados. O autor não cai, no entanto, no sensacionalismo e nem reduz tudo a meras “curiosidades” – uma tendência bastante comum em uma certa divulgação científica praticada hoje.
O livro consegue dar a um leitor atento as bases necessárias para começar a entender a relatividade. Porém, não se propõe dissecá-la completamente e deixa diversos pontos sem explicação. A linguagem e as citações do livro permanecem atuais e não provocam estranheza. Por tudo isso, o ABC da relatividade pode ser considerado uma agradável e interessante leitura, em especial para os não iniciados nos mistérios da física.

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A Teoria da Relatividade alterou nossa visão de mundo. Em vista de todas estas mudanças, fez-se necessário que alguém se dispusesse a explicar da maneira mais simples e assimilável possível as sutilezas do pensamento de Einstein. E esse alguém foi o filósofo britânico Bertrand Russell, que entregou ao público uma de suas melhores obras de divulgação científica: ABC da Relatividade.
Em linhas gerais, a relatividade especial, de 1905, torna sem sentido as noções de espaço e de tempo absolutos e de simultaneidade, presentes na física newtoniana: para observadores diferentes, um mesmo evento pode ocorrer em tempos diferentes. Einstein introduz o conceito de espaço-tempo, no qual a distância entre dois eventos passa a ser dada por intervalos espaciais e temporais.
O livro descreve ainda a relatividade geral, proposta por Einstein em 1915, na qual ele repensa a teoria da gravitação proposta no século 17 por Isaac Newton. Segundo o alemão, qualquer corpo gera uma dobra na estrutura do espaço-tempo, que acaba por atrair outros corpos, os quais buscam somente o caminho mais fácil para se deslocar, numa espécie de “preguiça universal”, nas palavras de Russell.
Para explicar o nascimento da teoria da relatividade, o filósofo britânico expõe os principais postulados da física clássica e as incompatibilidades entre eles e os novos fenômenos observados. Apresentar a relatividade, no entanto, envolve uma série de dificuldades, devido ao grau de abstração necessário em alguns momentos, ao enraizamento dos conceitos clássicos em nosso imaginário e aos próprios sentidos humanos, muitas vezes enganosos. Por isso, Russell opta por uma explicação passo a passo de cada uma das novas idéias de Einstein.
Para tornar o texto mais palatável, o autor quase não recorre à matemática e abusa da irreverência e das simplificações (algumas bem sucedidas, outras nem tanto). Piadinhas pontuam o texto e atenuam a complexidade conceitual dos temas abordados. O autor não cai, no entanto, no sensacionalismo e nem reduz tudo a meras “curiosidades” – uma tendência bastante comum em uma certa divulgação científica praticada hoje.
O livro consegue dar a um leitor atento as bases necessárias para começar a entender a relatividade. Porém, não se propõe dissecá-la completamente e deixa diversos pontos sem explicação. A linguagem e as citações do livro permanecem atuais e não provocam estranheza. Por tudo isso, o ABC da relatividade pode ser considerado uma agradável e interessante leitura, em especial para os não iniciados nos mistérios da física.

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