Experimentações Etnográficas Em Antropologia Da Educação

Este livro traz ao público leitor um debate que tem chamado uma crescente atenção por parte de diversos pesquisadores: a interface entre a Antropologia e a Educação.
Para tanto, há de se considerar que o processo de incorporação da Antropologia ao campo educacional reflete a pluralidade (e também indefinição, em muitos casos) teórica, metodológica e epistemológica da educação, denominada em algumas tradições universitárias de Ciências da Educação.


O que quero dizer com tudo isso é que se ainda temos um campo inteiro por construir, a publicação desta coletânea representa mais um passo, significativo e oportuno, para a consolidação de uma Antropologia da Educação no Brasil.
Este trabalho encara o desafio a partir de uma dimensão afirmativa da Antropologia da Educação, que se sustenta principalmente na etnografia. Tal dimensão deve ser assumida tanto nas Faculdades de Educação quanto nos Departamentos de Antropologia/Ciências Sociais, especialmente se realmente queremos consolidar este campo e passar a enxergar a educação brasileira também sob a perspectiva antropológica.
As Faculdades de Educação, que surgiram no Brasil a partir da Reforma Universitária de 1968, são marcadas pela polifonia disciplinar que as compõe, ainda que seja inegável que isto se dê ante um cenário de hierarquizações, disputas e tensões.
Poucos programas em antropologia possuem linhas de pesquisa voltadas para a educação, e na educação também são raras linhas de pesquisa (ou eixos dentro delas como no caso da Universidade Federal do Ceará) que estabelecem uma interface clara com a antropologia.
Sendo assim, nosso campo vem se desenvolvendo, sobretudo, nas margens, porém em contínuo processo de expansão.
É significativo o fato de que a ampliação do acesso ao sistema de ensino escolar, com a incorporação de populações historicamente excluídas dele, tais como negros, índios, mulheres, camponeses etc., possibilitou uma maior aproximação dos antropólogos com a questão educacional.
E, de igual modo, o advento das políticas educacionais voltadas para a questão da diversidade têm incitado a busca de ferramentas teóricas e metodológicas da antropologia por parte de pedagogos e demais profissionais da educação, o que eventualmente se desdobra em algumas tensões e mal-entendidos, especialmente no que tange à apropriação da etnografia pelas pesquisas em educação.

 

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O que quero dizer com tudo isso é que se ainda temos um campo inteiro por construir, a publicação desta coletânea representa mais um passo, significativo e oportuno, para a consolidação de uma Antropologia da Educação no Brasil.
Este trabalho encara o desafio a partir de uma dimensão afirmativa da Antropologia da Educação, que se sustenta principalmente na etnografia. Tal dimensão deve ser assumida tanto nas Faculdades de Educação quanto nos Departamentos de Antropologia/Ciências Sociais, especialmente se realmente queremos consolidar este campo e passar a enxergar a educação brasileira também sob a perspectiva antropológica.
As Faculdades de Educação, que surgiram no Brasil a partir da Reforma Universitária de 1968, são marcadas pela polifonia disciplinar que as compõe, ainda que seja inegável que isto se dê ante um cenário de hierarquizações, disputas e tensões.
Poucos programas em antropologia possuem linhas de pesquisa voltadas para a educação, e na educação também são raras linhas de pesquisa (ou eixos dentro delas como no caso da Universidade Federal do Ceará) que estabelecem uma interface clara com a antropologia.
Sendo assim, nosso campo vem se desenvolvendo, sobretudo, nas margens, porém em contínuo processo de expansão.
É significativo o fato de que a ampliação do acesso ao sistema de ensino escolar, com a incorporação de populações historicamente excluídas dele, tais como negros, índios, mulheres, camponeses etc., possibilitou uma maior aproximação dos antropólogos com a questão educacional.
E, de igual modo, o advento das políticas educacionais voltadas para a questão da diversidade têm incitado a busca de ferramentas teóricas e metodológicas da antropologia por parte de pedagogos e demais profissionais da educação, o que eventualmente se desdobra em algumas tensões e mal-entendidos, especialmente no que tange à apropriação da etnografia pelas pesquisas em educação.

 

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