Transviad@s

Transviad@s reúne textos cuja temática gira em torno das disputas que acontecem na sociedade em torno das sexualidades e dos gêneros.

Transviad@s reúne textos cuja temática gira em torno das disputas que acontecem na sociedade em torno das sexualidades e dos gêneros.

Nele, as questões trans são examinadas por diversas angulações, como as visões biomédicas e o pensamento crítico sobre transexualidade, as reformas legais, as modificações corporais, e os direitos de identidade social e de acesso à saúde, por exemplo.

Na publicação também são exploradas as discussões sobre discriminações cruzadas ou “intersecionalidade” entre classe, raça e gênero, as armadilhas das políticas de identidade e dos discursos de direitos humanos e os efeitos perversos da institucionalização.

Transviad@s cobre um período de tempo longo e os conteúdos estão enquadrados em formatos muitos diversos: relatos de viagem, comunicações acadêmicas, artigos publicados na imprensa, apresentações, resenhas de livros e entrevistas.

A maioria dos textos foi gestada na áspera zona de fricção entre teoria e prática. São escritos de resistência. Para retomar Paulo Freire, com justeza citado pela autora, a coletânea respira e transpira seus enfretamentos com o mundo.

Esse é um ponto de partida necessário, de fato incontornável, para pensar e agir em gênero e sexualidade nas atuais condições político-institucionais brasileiras.

Fiel a esse parti pris desde as primeiras páginas, Berenice levanta questões provocativas, que causam desconforto. Ela interroga categorias universais amplamente utilizadas nas ciências sociais, inclusive no âmbito das produções sobre gênero e sexualidade, lembrando que as mesmas ocultam hierarquias e dinâmicas de poder.

Voltando os olhos para as políticas institucionais, questiona o lugar e sentido da produção acadêmica no Brasil, em particular dos estudos feministas, que tanto se expandiram nas últimas décadas.

Chama atenção para o fato de que esse campo – seja por efeito da dependência de recursos estatais, seja por apego a parâmetros de neutralidade questionáveis – tem relutado ou mesmo recusado tomar em mãos os embates e desafios da política de gênero e sexualidade que, no mundo da vida, sempre excedem as molduras de investigação acadêmica.

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A maioria dos textos foi gestada na áspera zona de fricção entre teoria e prática. São escritos de resistência. Para retomar Paulo Freire, com justeza citado pela autora, a coletânea respira e transpira seus enfretamentos com o mundo.

Esse é um ponto de partida necessário, de fato incontornável, para pensar e agir em gênero e sexualidade nas atuais condições político-institucionais brasileiras.

Fiel a esse parti pris desde as primeiras páginas, Berenice levanta questões provocativas, que causam desconforto. Ela interroga categorias universais amplamente utilizadas nas ciências sociais, inclusive no âmbito das produções sobre gênero e sexualidade, lembrando que as mesmas ocultam hierarquias e dinâmicas de poder.

Voltando os olhos para as políticas institucionais, questiona o lugar e sentido da produção acadêmica no Brasil, em particular dos estudos feministas, que tanto se expandiram nas últimas décadas.

Chama atenção para o fato de que esse campo – seja por efeito da dependência de recursos estatais, seja por apego a parâmetros de neutralidade questionáveis – tem relutado ou mesmo recusado tomar em mãos os embates e desafios da política de gênero e sexualidade que, no mundo da vida, sempre excedem as molduras de investigação acadêmica.

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