Brasileiros E Brasilianistas: Novas Gerações, Novos Olhares

A  ideia  por  trás  desta  obra  surgiu  inicialmente  de  uma  conversa  com  Lauro
Ávila Pereira, colega e amigo de muitos anos, sobre como dar conta da relação entre
historiadores  norte-americanos  que  estudam  o  Brasil

  –  especialmente  pessoas  cuja
pesquisa enfoque São Paulo – e a produção brasileira. Durante nosso diálogo mencionei
o  papel  fundamental  de  Emilia  Viotti  da  Costa  na  formação  de  várias  gerações  de
historiadores do Brasil e da América Latina, no período em que ela lecionava em Yale,
depois da sua aposentadoria compulsória da Universidade de São Paulo pela ditadura,
em 1969.
Também lhe contei que, ao longo dos anos, vários ex-alunos da Universidade de
São Paulo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e de outras escolas no Brasil me
falaram sobre suas experiências universitárias no começo dos anos 70. Segundo suas
versões,  naqueles  anos  duros  do  governo  Médici  seus  professores  indicavam
a  obra
seminal de Thomas E. Skidmore,
Brasil: de Getúlio a Castelo
(1967)
,
com a seguinte
advertência:  embora  o  eminente  brasilianista  fosse  provavelmente  agente  da  CIA,  a
sua obra era um excelente retrato da política brasileira entre 1930 e 1964, e deveria ser
lida com muita atenção. Achava engraçados estes comentários, pois tinha assumido a
cátedra de História da América Latina, que Skidmore ocupou na Brown University durante
mais de uma década, e conhecia bem o eminente professor aposentado. Imaginava que
outros brasileiros deveriam ter imaginado as mesmas coisas sobre mim, na época em
que morava em São Paulo e estudava na USP, nos anos 70.
O  resultado  da  nossa  conversa  foi  a  proposta  de  organizar  um  simpósio
internacional para homenagear Emilia Viotti da Costa e reconhecer a sua importância,
tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, como historiadora e mentora. Resolvemos
convidar pesquisadores norte-americanos, que trabalhavam sobre São Paulo, e os seus
pares brasileiros, para incentivar o intercâmbio e diálogo sobre as obras produzidas por
eles. Os resultados são os artigos deste volume.

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historiadores  norte-americanos  que  estudam  o  Brasil  –  especialmente  pessoas  cuja
pesquisa enfoque São Paulo – e a produção brasileira. Durante nosso diálogo mencionei
o  papel  fundamental  de  Emilia  Viotti  da  Costa  na  formação  de  várias  gerações  de
historiadores do Brasil e da América Latina, no período em que ela lecionava em Yale,
depois da sua aposentadoria compulsória da Universidade de São Paulo pela ditadura,
em 1969.
Também lhe contei que, ao longo dos anos, vários ex-alunos da Universidade de
São Paulo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e de outras escolas no Brasil me
falaram sobre suas experiências universitárias no começo dos anos 70. Segundo suas
versões,  naqueles  anos  duros  do  governo  Médici  seus  professores  indicavam
a  obra
seminal de Thomas E. Skidmore,
Brasil: de Getúlio a Castelo
(1967)
,
com a seguinte
advertência:  embora  o  eminente  brasilianista  fosse  provavelmente  agente  da  CIA,  a
sua obra era um excelente retrato da política brasileira entre 1930 e 1964, e deveria ser
lida com muita atenção. Achava engraçados estes comentários, pois tinha assumido a
cátedra de História da América Latina, que Skidmore ocupou na Brown University durante
mais de uma década, e conhecia bem o eminente professor aposentado. Imaginava que
outros brasileiros deveriam ter imaginado as mesmas coisas sobre mim, na época em
que morava em São Paulo e estudava na USP, nos anos 70.
O  resultado  da  nossa  conversa  foi  a  proposta  de  organizar  um  simpósio
internacional para homenagear Emilia Viotti da Costa e reconhecer a sua importância,
tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, como historiadora e mentora. Resolvemos
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