Industrialização Do Ensino E Política De Educação A Distância

A tese deste estudo é que o discurso da industrialização do ensino governa a prática discursiva que norteia a política nacional de educação a distância.

A tese deste estudo é que o discurso da industrialização do ensino governa a prática discursiva que norteia a política nacional de educação a distância. O argumento que fundamenta nossa tese considera que, desde meados do século XX, o Estado brasileiro exerce o papel de institucionalizar o processo de industrialização do ensino no país, criando as bases discursivas e não discursivas para a expansão crescente da educação a distância (EAD) em nível nacional.

Como resultado, o Brasil passa a dispor de um dos maiores sistemas de EAD em todo o mundo, abrangendo desde o ensino fundamental até a educação corporativa.

Alicerçada no avanço das tecnologias de informação e comunicação (TICs), a EAD expande-se no país, sobretudo na última década, comprometida em ampliar a oferta de ensino, a qualificação profissional e a educação continuada.

O “Anuário brasileiro estatístico de educação aberta e a distância” - ABRAEAD 2008 - aponta que o total de matrículas em cursos a distância no ano passado superou os 2,5 milhões de estudantes, havendo estimativa de um aumento de 40% para 2010.

O ABRAEAD 2007 havia assinalado que os maiores investimentos em EAD provinham das empresas privadas e do treinamento de funcionários, observando-se em paralelo o incremento das políticas públicas.

Levando em conta sua natureza, complexidade e, sobretudo, extrema relevância na agenda da sociedade contemporânea, consideramos que a industrialização do ensino comporta em si uma formação discursiva, direta e substancialmente, determinada pelas injunções da formação ideológica e social capitalista no campo da educação.

O que lhe impõe, a priori, está intrinsecamente caracterizada e a serviço do modelo de produção industrial, muito mais ainda, em estágio crescente de globalização.

Donde decorre sua luta permanente com outras formações discursivas - em destaque aquelas que privilegiam, por um lado, a independência e autonomia e, por outro, a comunicação e interação – para nortear os discursos relacionados aos sistemas e políticas de EAD em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Industrialização Do Ensino E Política De Educação A Distância

A tese deste estudo é que o discurso da industrialização do ensino governa a prática discursiva que norteia a política nacional de educação a distância.

A tese deste estudo é que o discurso da industrialização do ensino governa a prática discursiva que norteia a política nacional de educação a distância. O argumento que fundamenta nossa tese considera que, desde meados do século XX, o Estado brasileiro exerce o papel de institucionalizar o processo de industrialização do ensino no país, criando as bases discursivas e não discursivas para a expansão crescente da educação a distância (EAD) em nível nacional.

Como resultado, o Brasil passa a dispor de um dos maiores sistemas de EAD em todo o mundo, abrangendo desde o ensino fundamental até a educação corporativa.

Alicerçada no avanço das tecnologias de informação e comunicação (TICs), a EAD expande-se no país, sobretudo na última década, comprometida em ampliar a oferta de ensino, a qualificação profissional e a educação continuada.

O “Anuário brasileiro estatístico de educação aberta e a distância” – ABRAEAD 2008 – aponta que o total de matrículas em cursos a distância no ano passado superou os 2,5 milhões de estudantes, havendo estimativa de um aumento de 40% para 2010.

O ABRAEAD 2007 havia assinalado que os maiores investimentos em EAD provinham das empresas privadas e do treinamento de funcionários, observando-se em paralelo o incremento das políticas públicas.

Levando em conta sua natureza, complexidade e, sobretudo, extrema relevância na agenda da sociedade contemporânea, consideramos que a industrialização do ensino comporta em si uma formação discursiva, direta e substancialmente, determinada pelas injunções da formação ideológica e social capitalista no campo da educação.

O que lhe impõe, a priori, está intrinsecamente caracterizada e a serviço do modelo de produção industrial, muito mais ainda, em estágio crescente de globalização.

Donde decorre sua luta permanente com outras formações discursivas – em destaque aquelas que privilegiam, por um lado, a independência e autonomia e, por outro, a comunicação e interação – para nortear os discursos relacionados aos sistemas e políticas de EAD em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog