
Este protocolo nasceu da angústia dos Médicos que se viram frente a frente com um inimigo desconhecido mas que, a exemplo de Dom Quixote, ergueram a lança e foram para cima do Dragão Covidiano ao grito de “vamos à luta para a implementação de um Tratamento Pré-Hospitalar!”.
Este protocolo é o anexo principal do Manifesto pela Vida, assinado por milhares de médicos de várias especialidades de todas as regiões do país, que apoiam a atenção ao tratamento pré-hospitalar como uma forma de atacar a doença nas suas fases iniciais evitando a progressão para as formas graves que demandam leitos em hospitais e em unidades de terapia intensiva, levando ao colapso dos sistemas de saúde públicos e privados.
Diariamente somam-se novos casos em números expressivos em termos absolutos embora provavelmente subnotificados em função da falta de testes para diagnóstico da COVID-19.
O Brasil é um país continental com características heterogêneas em função da diversidade de sua população, da diferente densidade demográfica em suas regiões, do nível de condições habitacionais e de saneamento básico, de acesso à água e condições de higiene.
Entretanto, notamos diferenças inexplicáveis em número de óbitos com baixa letalidade em cidades e estados onde, em associação às medidas de prevenção como o isolamento social e o uso de máscara, condutas terapêuticas na fase inicial da doença foram executadas.
Este documento, vinculado ao Manifesto Médico, tem como objetivo fornecer uma orientação terapêutica aos médicos envolvidos no tratamento e no gerenciamento de unidades de saúde para que haja disponibilização dos medicamentos aqui referidos e sua utilização, de acordo com a indicação e julgamento médico nos estágios pré-hospitalares da COVID-19.
As indicações de tratamento são direcionadas tanto para casos confirmados quanto para casos suspeitos com quadro clínico altamente sugestivo, devido à existência de cerca de 30 a 40% de falsos negativos no teste de swab orofaríngeo e nasofaríngeo RT-PCR SARS-COV-2, à demora variável para a entrega dos resultados e pela escassez dos exames em diferentes regiões do país.
