A Educação Superior De Indígenas No Brasil: Balanços E Perspectivas

A presente coletânea reúne textos que abordam, de diferentes ângulos, aspectos e resultados da demanda por educação superior por parte dos povos indígenas no Brasil

, questão à qual diversos pesquisadores e ativistas  dedicaram sua atenção, particularmente nos últimos 15 anos.
Dentre estes, encontram-se os pesquisadores que compuseram diferentes equipes enfeixadas em torno de projetos sediados no Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento do Departamento de Antropologia – Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, financiados principalmente pela Fundação Ford, mas também pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
Alguns deles estão aqui reunidos, em textos de sua autoria, apresentando análises de diferentes aspectos das demandas e resultados (parcialmente) obtidos pelos povos indígenas na luta por educação superior, bem como as ações – e inações – da administração pública e das instituições de ensino superior nesse campo, sem a pretensão de abarcar a ampla gama de questões envolvidas e presentes nessa última década e meia.
Nesse período de tempo, um quadro ponderável de transformações atingiu a vida dos povos indígenas no Brasil. O censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística demonstrou o crescimento efetivo da população indígena, assim como a sua expressiva presença em cidades, mudando em larga medida o que se percebia sobre esses povos.
Diante desse cenário e do crescente empoderamento dos povos indígenas, as reações contrárias se fizeram rapidamente sentir, até chegarmos ao cenário atual de grande pressão e violência sobre os povos indígenas e suas terras em função de uma ideologia desenvolvimentista agressivamente descomprometida com a ideia de sustentabilidade e dos direitos humanos e sociais. O progressivo abandono do respeito aos direitos coletivos à terra de coletividades organizadas, seja os povos indígenas, seja as comunidades quilombolas, os geraizeiros, faxinalenses etc., de mínimas garantias de preservação ambiental (esses foram alguns dos compromissos de campanha dos governos Lula, desde então sendo desrespeitados), tem permitido a implantação de diversos empreendimentos econômicos (com expansão do setor elétrico, a partir da construção de hidrelétricas, do extrativismo mineral e vegetal e do agronegócio).

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Dentre estes, encontram-se os pesquisadores que compuseram diferentes equipes enfeixadas em torno de projetos sediados no Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento do Departamento de Antropologia – Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, financiados principalmente pela Fundação Ford, mas também pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
Alguns deles estão aqui reunidos, em textos de sua autoria, apresentando análises de diferentes aspectos das demandas e resultados (parcialmente) obtidos pelos povos indígenas na luta por educação superior, bem como as ações – e inações – da administração pública e das instituições de ensino superior nesse campo, sem a pretensão de abarcar a ampla gama de questões envolvidas e presentes nessa última década e meia.
Nesse período de tempo, um quadro ponderável de transformações atingiu a vida dos povos indígenas no Brasil. O censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística demonstrou o crescimento efetivo da população indígena, assim como a sua expressiva presença em cidades, mudando em larga medida o que se percebia sobre esses povos.
Diante desse cenário e do crescente empoderamento dos povos indígenas, as reações contrárias se fizeram rapidamente sentir, até chegarmos ao cenário atual de grande pressão e violência sobre os povos indígenas e suas terras em função de uma ideologia desenvolvimentista agressivamente descomprometida com a ideia de sustentabilidade e dos direitos humanos e sociais. O progressivo abandono do respeito aos direitos coletivos à terra de coletividades organizadas, seja os povos indígenas, seja as comunidades quilombolas, os geraizeiros, faxinalenses etc., de mínimas garantias de preservação ambiental (esses foram alguns dos compromissos de campanha dos governos Lula, desde então sendo desrespeitados), tem permitido a implantação de diversos empreendimentos econômicos (com expansão do setor elétrico, a partir da construção de hidrelétricas, do extrativismo mineral e vegetal e do agronegócio).

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