
Desde os tempos mais remotos, a morte é um tema que sempre ocupou importante lugar no pensamento dos seres humanos. A história da humanidade nos mostra que em todas as culturas, a morte é considerada uma experiência inevitável, inspirando as pessoas à reflexão sobre o sentido da vida.
Os seres humanos lutam toda a existência contra a idéia de sua finitude. A angústia desta luta torna o inevitável enfrentamento de tal situação mais difícil e o fato é que sendo o homem um ser vivo, um dia morrerá.
Inúmeros pensadores buscaram encontrar o significado da morte, e, à medida que esclareciam, contribuíam também para a compreensão do sentido da vida. Conforme Elizabeth Kübler-Ross, a chave para o problema da morte abre a porta da vida.
Mesmo aceitando a morte como parte integrante da vida, contudo, é difícil morrer, pois isto significa renunciar à vida neste mundo. A idéia da morte nos traz permanentemente a consciência de nossa vulnerabilidade e de que nenhum avanço tecnológico nos permitirá dela escapar.
Nos dias atuais, particularmente nas sociedades industriais e pós-industriais, a morte é transferida da casa da pessoa para o hospital, o que desafia as equipes de saúde a buscarem revisitar seus pontos de vista sobre viver e morrer, seus conceitos e valores, bem como refletirem sobre os posicionamentos éticos e emocionais sobre os dilemas que os envolvem nos momentos de finitude junto com aqueles que cuidam.
Vida E Morte No Cotidiano põe em evidencia um tema vital para a evolução da humanização nas práticas de saúde no tocante processo que envolve a morte, tanto junto aos profissionais, como a pacientes e familiares, pois embora a convivência com a morte seja uma constante, a morte e o morrer têm sido esquecidos no dia a dia.
