Aprendizado Da Leitura E Da Escrita: A Ciência Em Interfaces

As avaliações oficiais têm mostrado, desde a educação básica até a superior, que o ensino brasileiro requer maior qualificação. Segundo dados do INAF, 27% da população brasileira entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais.

Ainda, revela que avanços no nível de escolaridade não garantem domínio efetivo das habilidades de leitura e escrita.
Apenas 62% de estudantes do ensino superior podem ser classificados como plenamente alfabetizados. Dos brasileiros com ensino médio, são plenamente alfabetizados 35%1. O PISA, por sua vez, mostra que estudantes brasileiros com 15 anos de idade alcançaram, na edição de 2012, 410 pontos em compreensão leitora, o que nos coloca entre os últimos do ranking dos países participantes.
Ainda analisando o cenário educacional, observamos que os conhecimentos na área da alfabetização que circulam nos programas das formações acadêmica e continuada, a persistência de fracassos na alfabetização e as mudanças sociais e culturais da sociedade – o advento do aparato tecnológico, por exemplo – geram clima de insegurança e impotência entre educadores e não obtêm os resultados desejados.
Tais situações e alternativas para a almejada qualificação fomentam iniciativas tanto em nível de pesquisa quanto de extensão. Um dos eventos que contam com a participação dos organizadores desta publicação é a Jornada de Alfabetização, que está em sua 10ª edição, sendo a 2ª de âmbito nacional.
Esta publicação é resultado, de alguma forma, de inquietações suscitadas nesse evento, que foi realizado na UFRN no ano de 2014, em função do Projeto Leitura+Neurociências, desenvolvido pela UFRN com o apoio da Secretaria de Educação Básica/Programa Mais Educação do Ministério da Educação, e que reuniu pesquisadores, alunos de graduação, pós-graduação e professores da educação básica na discussão e na busca de novos caminhos para a alfabetização.
Paralelamente, nas últimas décadas, como resultado do advento de novas técnicas de investigação do cérebro humano, observamos a instauração do que tem sido chamado de Ciência da Leitura.
Tais conhecimentos sobre o processamento da linguagem, inclusive sobre o aprendizado da modalidade escrita, publicados por vários centros de pesquisa pelo mundo, impõem que reexaminemos o ensino da correspondência grafema-fonema. Acreditamos firmemente que os conhecimentos neurocientíficos podem auxiliar o alfabetizador para escolhas pedagógicas que favoreçam o aprendizado da leitura e a escrita, competências fundamentais para aproveitamento e avanço na formação acadêmica e para o pleno exercício da cidadania numa sociedade cada vez mais grafocêntrica.

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As avaliações oficiais têm mostrado, desde a educação básica até a superior, que o ensino brasileiro requer maior qualificação. Segundo dados do INAF, 27% da população brasileira entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. Ainda, revela que avanços no nível de escolaridade não garantem domínio efetivo das habilidades de leitura e escrita.
Apenas 62% de estudantes do ensino superior podem ser classificados como plenamente alfabetizados. Dos brasileiros com ensino médio, são plenamente alfabetizados 35%1. O PISA, por sua vez, mostra que estudantes brasileiros com 15 anos de idade alcançaram, na edição de 2012, 410 pontos em compreensão leitora, o que nos coloca entre os últimos do ranking dos países participantes.
Ainda analisando o cenário educacional, observamos que os conhecimentos na área da alfabetização que circulam nos programas das formações acadêmica e continuada, a persistência de fracassos na alfabetização e as mudanças sociais e culturais da sociedade – o advento do aparato tecnológico, por exemplo – geram clima de insegurança e impotência entre educadores e não obtêm os resultados desejados.
Tais situações e alternativas para a almejada qualificação fomentam iniciativas tanto em nível de pesquisa quanto de extensão. Um dos eventos que contam com a participação dos organizadores desta publicação é a Jornada de Alfabetização, que está em sua 10ª edição, sendo a 2ª de âmbito nacional.
Esta publicação é resultado, de alguma forma, de inquietações suscitadas nesse evento, que foi realizado na UFRN no ano de 2014, em função do Projeto Leitura+Neurociências, desenvolvido pela UFRN com o apoio da Secretaria de Educação Básica/Programa Mais Educação do Ministério da Educação, e que reuniu pesquisadores, alunos de graduação, pós-graduação e professores da educação básica na discussão e na busca de novos caminhos para a alfabetização.
Paralelamente, nas últimas décadas, como resultado do advento de novas técnicas de investigação do cérebro humano, observamos a instauração do que tem sido chamado de Ciência da Leitura.
Tais conhecimentos sobre o processamento da linguagem, inclusive sobre o aprendizado da modalidade escrita, publicados por vários centros de pesquisa pelo mundo, impõem que reexaminemos o ensino da correspondência grafema-fonema. Acreditamos firmemente que os conhecimentos neurocientíficos podem auxiliar o alfabetizador para escolhas pedagógicas que favoreçam o aprendizado da leitura e a escrita, competências fundamentais para aproveitamento e avanço na formação acadêmica e para o pleno exercício da cidadania numa sociedade cada vez mais grafocêntrica.

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