
A proposta deste e-book surgiu em uma das reuniões do grupo de pesquisa História, Filosofia e Educação Matemática (HIFEM), no mês de junho de 2019. Naquela oportunidade, Arlete de Jesus Brito comentou sobre a entrevista realizada com o Prof. Dr. Antônio Miguel, publicada no ano de 2018, na Revista História da Ciência e Ensino. A referida entrevista provocou reflexões interessantes no grupo, sobre a necessidade de buscar-se ampliar o processo de escuta de professores e pesquisadores que participaram de diferentes modos do processo de constituição da Educação Matemática no Brasil.
O grupo História, Filosofia e Educação Matemática (HIFEM) ao longo de 2019 realizou uma série de entrevistas com professores e pesquisadores, de diferentes regiões do país, que participaram de diferentes modos do processo de constituição da Educação Matemática no Brasil. O processo de escuta e registro das falas de professores tem contribuído para com as discussões do grupo de pesquisa.
As narrativas produzidas pelos entrevistados expressam suas experiências e percepções sobre os processos de ensino e aprendizado, sobre Educação, Matemática, História, formação de professores e, principalmente, sobre o processo de constituição da Educação Matemática, com ênfase para a participação dos professores em grupos de pesquisa e na Sociedade Brasileira de Educação Matemática.
Cada entrevistado tem muito a nos dizer e aprendemos com cada um deles. Memórias Da Educação Matemática No Brasil tem o objetivo de compartilhar com a comunidade de educadores matemáticos e demais interessados os textos produzidos a partir das entrevistas realizadas, lembrando que o trabalho continua, pois há muitos outros possíveis entrevistados.
Temos a expectativa de que este livro cause reações de diferentes naturezas, provoque lembranças e discussões, gere curiosidades e interesses e que, principalmente, contribua para o movimento de registro de falas e escuta de professores e pesquisadores que deixaram suas marcas no processo de constituição da área de Educação Matemática. Suas lembranças são também as nossas lembranças também, pois como diz o poeta Mario Quintana “O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente…”.
