O Rio E A Casa: Imagens Do Tempo Na Ficção De Mia Couto

Nossa leitura da obra de Mia Couto iniciou-se ainda na fase de graduação, com a disciplina literaturas africanas de língua Portuguesa, em 1996. Chamaram-nos a atenção, primeiramente, os poemas do autor; somente depois viemos a saber, pela leitura de alguns textos críticos, que sua obra ficcional era mais vasta e de melhor qualidade

; dedicamo-nos, então, à sua leitura. desse interesse surgiu o projeto no qual fizemos um estudo comparado das personagens infantis em Guimarães Rosa e Mia Couto; deste, abordávamos especialmente o conto "Nas águas do tempo".
Desde então temos acompanhado avidamente as publicações brasileiras da obra de Couto e também de alguma crítica. Em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, a temática do romance pareceu-nos próxima à daquele conto e, durante a leitura desses dois textos, essa impressão só fez confirmar-se. Os elementos em comum nessas duas narrativas deram origem à hipótese de que o romance teria sido concebido a partir de uma ampliação temática do conto. Guardamos essa ideia durante alguns anos.
Em 2004, durante o curso de Especialização em Fundamentos da leitura crítica da literatura, munidos de instrumentos teóricos que nos levaram a aprofundar nossa leitura do mesmo conto, tivemos a oportunidade de rever algumas questões que trazíamos conosco de longa data. a primeira dizia respeito à historiografia literária moçambicana, cuja bibliografia é ainda muito restrita no Brasil; a segunda referia-se ao número crescente de trabalhos acadêmicos baseados na obra de Mia Couto. Vale lembrar que, desde que iniciamos nossa leitura da obra de Couto, o autor foi arrebanhando um grupo de leitores cada vez maior: suas publicações foram mais difundidas tanto pela sua presença na mídia quanto pelas suas frequentes visitas ao Brasil. Além disso, nossos estudos permitiram ampliar o leque de contribuições advindas da teoria literária, com as quais aprofundamos a reflexão sobre a obra de Couto.
Este livro constitui-se de três momentos principais: a reflexão sobre a historiografia literária de Moçambique, as considerações a respeito da fortuna crítica acadêmica produzida no Brasil e a análise da autointertextualidade na obra ficcional de Mia Couto.

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Nossa leitura da obra de Mia Couto iniciou-se ainda na fase de graduação, com a disciplina literaturas africanas de língua Portuguesa, em 1996. Chamaram-nos a atenção, primeiramente, os poemas do autor; somente depois viemos a saber, pela leitura de alguns textos críticos, que sua obra ficcional era mais vasta e de melhor qualidade; dedicamo-nos, então, à sua leitura. desse interesse surgiu o projeto no qual fizemos um estudo comparado das personagens infantis em Guimarães Rosa e Mia Couto; deste, abordávamos especialmente o conto “Nas águas do tempo”.
Desde então temos acompanhado avidamente as publicações brasileiras da obra de Couto e também de alguma crítica. Em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, a temática do romance pareceu-nos próxima à daquele conto e, durante a leitura desses dois textos, essa impressão só fez confirmar-se. Os elementos em comum nessas duas narrativas deram origem à hipótese de que o romance teria sido concebido a partir de uma ampliação temática do conto. Guardamos essa ideia durante alguns anos.
Em 2004, durante o curso de Especialização em Fundamentos da leitura crítica da literatura, munidos de instrumentos teóricos que nos levaram a aprofundar nossa leitura do mesmo conto, tivemos a oportunidade de rever algumas questões que trazíamos conosco de longa data. a primeira dizia respeito à historiografia literária moçambicana, cuja bibliografia é ainda muito restrita no Brasil; a segunda referia-se ao número crescente de trabalhos acadêmicos baseados na obra de Mia Couto. Vale lembrar que, desde que iniciamos nossa leitura da obra de Couto, o autor foi arrebanhando um grupo de leitores cada vez maior: suas publicações foram mais difundidas tanto pela sua presença na mídia quanto pelas suas frequentes visitas ao Brasil. Além disso, nossos estudos permitiram ampliar o leque de contribuições advindas da teoria literária, com as quais aprofundamos a reflexão sobre a obra de Couto.
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