Adhemar: Fé Em Deus E Pé Na Tábua

Adhemar: Fé Em Deus E Pé Na Tábua conta a fantástica história de Adhemar de Barros, político populista desbocado, amado e odiado, inspirador do infame lema “rouba, mas faz”. Ele foi o maior apoiador civil do golpe militar de 1964 e, no final, uma de suas vítimas. Sua trajetória é o retrato da política brasileira do seu tempo. Ou será de hoje também?
Amilton Lovato, jornalista e advogado, procura responder a estas e muitas outras perguntas que cercam um dos maiores fenômenos de popularidade na política brasileira, que usou o lema “Fé em Deus e Pé na Tábua” para justificar seus arroubos e determinações, misturando a religiosidade e o pragmatismo, conquistando amigos e inimigos com enorme facilidade, e atraindo a ira da Ditadura Militar instaurada no país a partir de 1964, a quem no entanto inicialmente apoiou. Encontre as respostas neste livro cativante.


le sabia que a única saída era fugir. O mandado de prisão tinha sido expedido, a polícia já estava em seu encalço e o clamor da oposição transformava a busca em espetáculo. Um espetáculo especial para os janistas, a quem a captura proporcionaria verdadeira catarse coletiva.
Adhemar estava sendo acusado de irregularidades no uso do dinheiro público, numa operação cheia de falhas, ocorrida de fato mais de seis anos antes. Havia munição abundante para seus advogados defenderem-no, mas o tempo decorrido desde um pedido de habeas corpus até a concessão da medida pelo tribunal poderia ser longo demais. Além da humilhação, os estragos políticos causados por uma prisão amplamente noticiada, com fotos e em detalhes, seriam irreparáveis. Nesse caso, desaparecer era mesmo a solução.
E não seria a primeira vez. Após a derrota na Revolução de 1932 ele foi buscar abrigo na Argentina, assim como outros milhares de combatentes que tomaram parte nos comandos da luta. De volta, aproveitou a onda de liberdade que se instalou no Brasil e se elegeu deputado estadual, colaborando com o fim do clima morno que reinava na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde os discursos eram “lisos” e não pretendiam “machucar ninguém”, como disse um parlamentar da época. O próprio colega se encarregaria de destacar os feitos do novato: “O Adhemar avançou um pouco e a rapaziada ficou feito peru em chapa quente. Eu gostei. Palavra de honra que gostei. A gente andava cansado de tanta pasmaceira”.
Quem se surpreendeu foi o povo, então acostumado com autoridades empertigadas, quase todas provenientes de famílias tradicionais, e que depois se rendeu a uma figura de discurso simples, sem retórica, repleta de frases de efeito, a sua marca registrada: “Fé em Deus e pé na tábua”; “Para a frente e para o alto”; “São Paulo não pode parar”; “O diabo está solto”.

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Amilton Lovato, jornalista e advogado, procura responder a estas e muitas outras perguntas que cercam um dos maiores fenômenos de popularidade na política brasileira, que usou o lema “Fé em Deus e Pé na Tábua” para justificar seus arroubos e determinações, misturando a religiosidade e o pragmatismo, conquistando amigos e inimigos com enorme facilidade, e atraindo a ira da Ditadura Militar instaurada no país a partir de 1964, a quem no entanto inicialmente apoiou. Encontre as respostas neste livro cativante.
le sabia que a única saída era fugir. O mandado de prisão tinha sido expedido, a polícia já estava em seu encalço e o clamor da oposição transformava a busca em espetáculo. Um espetáculo especial para os janistas, a quem a captura proporcionaria verdadeira catarse coletiva.
Adhemar estava sendo acusado de irregularidades no uso do dinheiro público, numa operação cheia de falhas, ocorrida de fato mais de seis anos antes. Havia munição abundante para seus advogados defenderem-no, mas o tempo decorrido desde um pedido de habeas corpus até a concessão da medida pelo tribunal poderia ser longo demais. Além da humilhação, os estragos políticos causados por uma prisão amplamente noticiada, com fotos e em detalhes, seriam irreparáveis. Nesse caso, desaparecer era mesmo a solução.
E não seria a primeira vez. Após a derrota na Revolução de 1932 ele foi buscar abrigo na Argentina, assim como outros milhares de combatentes que tomaram parte nos comandos da luta. De volta, aproveitou a onda de liberdade que se instalou no Brasil e se elegeu deputado estadual, colaborando com o fim do clima morno que reinava na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde os discursos eram “lisos” e não pretendiam “machucar ninguém”, como disse um parlamentar da época. O próprio colega se encarregaria de destacar os feitos do novato: “O Adhemar avançou um pouco e a rapaziada ficou feito peru em chapa quente. Eu gostei. Palavra de honra que gostei. A gente andava cansado de tanta pasmaceira”.
Quem se surpreendeu foi o povo, então acostumado com autoridades empertigadas, quase todas provenientes de famílias tradicionais, e que depois se rendeu a uma figura de discurso simples, sem retórica, repleta de frases de efeito, a sua marca registrada: “Fé em Deus e pé na tábua”; “Para a frente e para o alto”; “São Paulo não pode parar”; “O diabo está solto”.

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