Brasileiros Nos Estados Unidos

Historicamente, o Brasil pode ser considerado um país receptor de população. Ao longo da sua história acolheu imigrantes de vários países do mundo. De 1822 a 1949, o país recebeu cerca de cinco milhões de imigrantes, sobretudo italianos, portugueses e espanhóis, além de alemães, japoneses, poloneses e sírio-libaneses.

Pode-se identificar esse fluxo em três grandes correntes migratórias em quatro diferentes períodos. O primeiro de 1880 a 1903, quando entraram no país cerca de 1,9 milhão de europeus, sobretudo portugueses, espanhóis e alemães. O segundo, de 1904 a 1930, com entrada de outros 2,1 milhões, destacando-se, entre eles, a presença de italianos, poloneses, russos e romenos. Por fim, o terceiro período que foi de 1932 a 1935, quando vieram os imigrantes japoneses.
Após essa fase, entre 1953 e 1960, registrou-se uma imigração significativa de espanhóis, gregos e sírio-libaneses. Depois desses grandes fluxos migratórios o país “fechou-se”, mantendo um fluxo líquido próximo a zero no período entre o pós-guerra e os anos 1980. Após um longo período de estabilidade migratória, na década de 19802, o Brasil experimentou, pela primeira vez, uma mudança negativa, passando desde então, de um país majoritariamente receptor a um país expulsor de população3. Isto não quer dizer, no entanto, que o país tenha deixado de receber imigrantes. A partir dos anos 90, principalmente, verificou-se a entrada de muitos imigrantes coreanos e hispano-americanos4. Ao comparar os dados dos censos brasileiros de 2000 e 2010, percebe-se que o número de imigrantes internacionais não nascidos no Brasil, em 2010, era de 93.889, quase o dobro do apurado em 2000, quando esse segmento totalizou 55.758 estrangeiros. Esse fluxo mais recente foi formado, sobretudo, por bolivianos, haitianos, angolanos, senegaleses, ganeses, portugueses e espanhóis.
O processo de emigração brasileira se inicia na década de 1970 e sofre um crescimento abrupto ao longo da década de 1980. A década de 1990 representa um momento de estabilização relativa dos estoques, com um declínio nos fluxos de saída. Esse processo retoma seu crescimento a partir de 2000. De acordo com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais, mais de 2,5 milhões de brasileiros viviam fora do país em 1995. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima que, em 2014, havia cerca de 3,1 milhões de imigrantes brasileiros espalhados por todos os continentes.

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Historicamente, o Brasil pode ser considerado um país receptor de população. Ao longo da sua história acolheu imigrantes de vários países do mundo. De 1822 a 1949, o país recebeu cerca de cinco milhões de imigrantes, sobretudo italianos, portugueses e espanhóis, além de alemães, japoneses, poloneses e sírio-libaneses. Pode-se identificar esse fluxo em três grandes correntes migratórias em quatro diferentes períodos. O primeiro de 1880 a 1903, quando entraram no país cerca de 1,9 milhão de europeus, sobretudo portugueses, espanhóis e alemães. O segundo, de 1904 a 1930, com entrada de outros 2,1 milhões, destacando-se, entre eles, a presença de italianos, poloneses, russos e romenos. Por fim, o terceiro período que foi de 1932 a 1935, quando vieram os imigrantes japoneses.
Após essa fase, entre 1953 e 1960, registrou-se uma imigração significativa de espanhóis, gregos e sírio-libaneses. Depois desses grandes fluxos migratórios o país “fechou-se”, mantendo um fluxo líquido próximo a zero no período entre o pós-guerra e os anos 1980. Após um longo período de estabilidade migratória, na década de 19802, o Brasil experimentou, pela primeira vez, uma mudança negativa, passando desde então, de um país majoritariamente receptor a um país expulsor de população3. Isto não quer dizer, no entanto, que o país tenha deixado de receber imigrantes. A partir dos anos 90, principalmente, verificou-se a entrada de muitos imigrantes coreanos e hispano-americanos4. Ao comparar os dados dos censos brasileiros de 2000 e 2010, percebe-se que o número de imigrantes internacionais não nascidos no Brasil, em 2010, era de 93.889, quase o dobro do apurado em 2000, quando esse segmento totalizou 55.758 estrangeiros. Esse fluxo mais recente foi formado, sobretudo, por bolivianos, haitianos, angolanos, senegaleses, ganeses, portugueses e espanhóis.
O processo de emigração brasileira se inicia na década de 1970 e sofre um crescimento abrupto ao longo da década de 1980. A década de 1990 representa um momento de estabilização relativa dos estoques, com um declínio nos fluxos de saída. Esse processo retoma seu crescimento a partir de 2000. De acordo com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais, mais de 2,5 milhões de brasileiros viviam fora do país em 1995. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima que, em 2014, havia cerca de 3,1 milhões de imigrantes brasileiros espalhados por todos os continentes.

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