Manual De Etnobotânica

Este Manual De Etnobotânica fornece orientações práticas de como coletar amostras de plantas e artefatos, documentá-las, classificá-las e preservá-las.

Este Manual De Etnobotânica faz parte do treinamento em pesquisa e intercâmbio de conhecimentos em etnobotânica com povos indígenas da região do Alto Rio Negro (Brasil), noroeste amazônico, realizado em 2016, que incluiu uma oficina em São Gabriel da Cachoeira (AM).

A oficina foi uma oportunidade de aproximação entre conhecimentos indígenas e científicos sobre as plantas e seus usos, coleções guardadas em acervos institucionais, e sistemas de classificação e visões de mundo.

Como objetivo central, a oficina também iniciou o processo de reconectar os povos indígenas com as observações e coleções feitas na região, no século XIX, pelo botânico inglês Richard Spruce.

Esses dados e objetos, coletados principalmente na Amazônia brasileira, foram guardados em instituições em Londres (Reino Unido), como o Jardim Botânico Real de Kew, com aproximadamente 14.000 espécimes de plantas secas no herbário e 350 artefatos etnobotânicos na Coleção de Botânica Econômica, além de diários, manuscritos e cartas com descrições minuciosas sobre o uso das plantas, assim como desenhos de pessoas e paisagens.

Os dados, imagens e informações desta coleção, guardados há mais de 150 anos, estão sendo disponibilizados de maneira digital aos descendentes dos povos visitados por Spruce, de modo que eles poderão fortalecer suas próprias pesquisas, tendo maior autonomia na preservação e usos dos seus conhecimentos para futuras gerações.

Saberes, tecnologias e modos de vida dos povos tradicionais há muito tempo são confrontados e influenciados por seu entorno, assim, essa iniciativa mostrou como as relações entre povos indígenas e cientistas no passado geraram conhecimentos que podem ser retomados e ampliados na atualidade, de forma a contribuir com projetos dos povos indígenas de hoje.

Trata-se de refletir sobre a importância de coletar, preservar e pesquisar acervos de plantas e artefatos indígenas (aqui chamados acervos bioculturais).

Essas são atividades que contribuem para o fortalecimento dos processos
culturais dos povos indígenas na atualidade. Assim, o Manual De Etnobotânica busca fornecer orientações práticas de como coletar amostras de plantas e artefatos, documentá-las, classificá-las e preservá-las.

Considera também questões sobre a ética de pesquisa biocultural de acordo com a legislação brasileira vigente, dá orientações sobre como acessar dados de acervos bioculturais disponíveis em instituições científicas e como divulgar os novos acervos criados.

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Esses dados e objetos, coletados principalmente na Amazônia brasileira, foram guardados em instituições em Londres (Reino Unido), como o Jardim Botânico Real de Kew, com aproximadamente 14.000 espécimes de plantas secas no herbário e 350 artefatos etnobotânicos na Coleção de Botânica Econômica, além de diários, manuscritos e cartas com descrições minuciosas sobre o uso das plantas, assim como desenhos de pessoas e paisagens.

Os dados, imagens e informações desta coleção, guardados há mais de 150 anos, estão sendo disponibilizados de maneira digital aos descendentes dos povos visitados por Spruce, de modo que eles poderão fortalecer suas próprias pesquisas, tendo maior autonomia na preservação e usos dos seus conhecimentos para futuras gerações.

Saberes, tecnologias e modos de vida dos povos tradicionais há muito tempo são confrontados e influenciados por seu entorno, assim, essa iniciativa mostrou como as relações entre povos indígenas e cientistas no passado geraram conhecimentos que podem ser retomados e ampliados na atualidade, de forma a contribuir com projetos dos povos indígenas de hoje.

Trata-se de refletir sobre a importância de coletar, preservar e pesquisar acervos de plantas e artefatos indígenas (aqui chamados acervos bioculturais).

Essas são atividades que contribuem para o fortalecimento dos processos
culturais dos povos indígenas na atualidade. Assim, o Manual De Etnobotânica busca fornecer orientações práticas de como coletar amostras de plantas e artefatos, documentá-las, classificá-las e preservá-las.

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