Freud, Lacan, Derrida

Ao criar a psicanálise, a partir do final do século XIX, Freud dedicou-se a explicitar os fundamentos epistemológicos em que alicerçava sua pretensão de haver criado uma nova ciência, um novo ramo das ciências naturais, com as quais ela compartilhava, portanto, tanto estes fundamentos epistemológicos quanto sua Weltanschauung.


Em meados do século XX, e agora a partir da crítica à cientificidade da psicanálise provinda especialmente da epistemologia neopositivista, coube a Jacques Lacan retomar a questão da epistemologia da psicanálise para alicerçá-la sobre outros fundamentos.
A presente obra procura evidenciar que, após a abordagem lacaniana do problema, vem de fora da psicanálise, mais precisamente da filosofia de Jacques Derrida, uma maneira original de conceber a psicanálise. Para Derrida, a psicanálise não apenas não cabe toda dentro dos limites de uma ciência regional, como vem a constituir, em harmonia com a grafemática derridiana, uma maneira original de pensar a constituição da realidade em geral.
O texto percorre os caminhos da crítica derridiana à epistemologia freudiana e à psicanálise estruturalista lacaniana dos anos 50 do século XX, até encontrar-se com o pensamento contemporâneo que busca, no último Lacan pelo campo da psicanálise, e em Alain Badiou pelo campo da filosofia, a fundamentação destas no campo da formalização matemática. Além de permitir pensar uma nova epistemologia da psicanálise alicerçada em sua filosofia, a leitura acompanha Derrida ao apontar para os desafiadores rumos de uma psicanálise por vir.
O texto que aqui se apresenta constitui uma importante contribuição tanto à Filosofia quanto à Psicanálise, pois transita com tranquilidade pelos conceitos fundamentais de ambas – e também, principalmente, nas interseções entre as duas.
Tarefa exaustiva, mas necessária, também por seu ineditismo – como quando Aristóteles se debruçou a descrever os processos da lógica clássica, ou Frege ao definir os números para os fundamentos da aritmética.
Pareceriam óbvios, depois de já terem sido escritos, mas foi preciso alguém se dedicar, audaciosamente, a pensar sobre eles. Sem ter a pretensão de abranger a história toda, o autor simplesmente vai encadeando as questões, como numa rede complexa de significantes, em que se sucedem e vão se relacionando temas aparentemente desconexos, mas sempre com uma linha de horizonte à vista: a epistemologia da psicanálise.

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Ao criar a psicanálise, a partir do final do século XIX, Freud dedicou-se a explicitar os fundamentos epistemológicos em que alicerçava sua pretensão de haver criado uma nova ciência, um novo ramo das ciências naturais, com as quais ela compartilhava, portanto, tanto estes fundamentos epistemológicos quanto sua Weltanschauung.
Em meados do século XX, e agora a partir da crítica à cientificidade da psicanálise provinda especialmente da epistemologia neopositivista, coube a Jacques Lacan retomar a questão da epistemologia da psicanálise para alicerçá-la sobre outros fundamentos.
A presente obra procura evidenciar que, após a abordagem lacaniana do problema, vem de fora da psicanálise, mais precisamente da filosofia de Jacques Derrida, uma maneira original de conceber a psicanálise. Para Derrida, a psicanálise não apenas não cabe toda dentro dos limites de uma ciência regional, como vem a constituir, em harmonia com a grafemática derridiana, uma maneira original de pensar a constituição da realidade em geral.
O texto percorre os caminhos da crítica derridiana à epistemologia freudiana e à psicanálise estruturalista lacaniana dos anos 50 do século XX, até encontrar-se com o pensamento contemporâneo que busca, no último Lacan pelo campo da psicanálise, e em Alain Badiou pelo campo da filosofia, a fundamentação destas no campo da formalização matemática. Além de permitir pensar uma nova epistemologia da psicanálise alicerçada em sua filosofia, a leitura acompanha Derrida ao apontar para os desafiadores rumos de uma psicanálise por vir.
O texto que aqui se apresenta constitui uma importante contribuição tanto à Filosofia quanto à Psicanálise, pois transita com tranquilidade pelos conceitos fundamentais de ambas – e também, principalmente, nas interseções entre as duas.
Tarefa exaustiva, mas necessária, também por seu ineditismo – como quando Aristóteles se debruçou a descrever os processos da lógica clássica, ou Frege ao definir os números para os fundamentos da aritmética.
Pareceriam óbvios, depois de já terem sido escritos, mas foi preciso alguém se dedicar, audaciosamente, a pensar sobre eles. Sem ter a pretensão de abranger a história toda, o autor simplesmente vai encadeando as questões, como numa rede complexa de significantes, em que se sucedem e vão se relacionando temas aparentemente desconexos, mas sempre com uma linha de horizonte à vista: a epistemologia da psicanálise.

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