Nas narrativas de Experiências De Vida E Formação encontramos professores e professoras, que podem ser também as mães, ou as tias dos autores e autora. Aqui também estão, ou pais e irmão, primas e primos ou pessoas que não apresentam nenhum laço de parentesco, mas que influenciaram as e os autores para que se tornassem (se identificassem) como educadoras e educadores ambientais.

Gostaria de enfatizar a presença de outros mestres (apoiado na concepção de mestre de Paulo Freire), do vô Preto e da vó Júlia. Nos aspectos mais sociológicos nos deparamos com aspectos culturais do Brasil profundo que resistem bravamente como o ato de se enterrar o cordão umbilical, ou no cuidado e observação do lento fenecer de uma tartaruga atingida por tiros ( que não morre sem antes por os seus ovos), nos mutirões para o plantio de espécies nativas, no encontro das famílias na hora do almoço e nos momentos que provocam “alegria que não cabe num sorriso”.

Um ponto de fundamental importância presente no livro são as diferentes trajetórias escolares em diferentes contextos políticos, sociais e ambientais. Temos aqui testemunhos de como que pessoas de diferentes classes sociais tiveram acesso ao ensino superior e como e se tornaram professores e professoras marcados pela temática ambiental.

Com elas e eles adentramos ao espaço e ao cotidiano das escolas rurais, das escolas agrícolas, dos institutos e das universidades públicas e comunitárias de grande prestígio e de reconhecida qualidade, e nos deparamos com o depoimento de que Paulo Freire não era estudado num curso de pós-graduação em educação.