Este volume apresenta parte dos resultados de pesquisa desenvolvida pelo Observatório das Metrópoles, no âmbito do projeto “Estudo sobre as formas produção da moradia e seus impactos na reconfiguração espacial das metrópoles”, dentro dos eixo de investigação voltado para a análise da forma de produção empresarial.
Esse projeto foi desenvolvido com apoio do CNPq, dentro do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) contado, ainda, com apoio da FAPERJ, dentro do programa Cientistas do Nosso Estado, para as atividades voltadas à análise da metrópole do Rio de Janeiro.
O projeto de pesquisa apresentado em 2007 tinha como objetivo desenvolver um panorama geral das formas de produção da moradia, com estudos específicos sobre a forma empresarial, a autoconstrução (ou autogestão individual), a autogestão coletiva e a promoção publica.
No âmbito da produção empresarial, o projeto tinha interesse específico a tendência então recente de grandes empresas construtoras estarem se dedicando à produção para a chamada Classe C, o que era uma inovação, já que tradicionalmente este sub-mercado dependia de subsídios públicos para poder atrair o interesse das empresas.
Dentro da rede de pesquisa Observatório das Metrópoles este projeto se articulou com a participação dos núcleos Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza, Maringá e Belém.
A abordagem de pesquisa adotada partia, como orientação teórica geral, do conceito de forma de produção da moradia, desenvolvido em estudos da sociologia urbana marxista, que tem origem nos trabalhos de Christian Topalov, desenvolvidos, para o caso latino-americano, por Samuel Jaramillo e Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro.
O que essa análise mostra é que existem limites estruturais para a produção capitalista de moradias, dados pelas características específicas desse bem: seu longo ciclo produtivo, seu alto valor agregado, e a necessidade de terra urbanizada como um insumo fundamental.
Essas características estabelecem limites à penetração da lógica da produção capitalista no setor, mantendo um baixo nível de desenvolvimento tecnológico (caráter quase manufatureiro) e um alto grau de utilização de trabalho manual de baixa qualificação.
O Programa Minha Casa Minha Vida E Seus Efeitos Territoriais
- Arquitetura, Ciências Sociais, Economia, Engenharia
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