
Purgatório: A Verdadeira História De Dante E Beatriz
- Literatura Brasileira
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Em narrativa que toma como ponto de partida o clássico de Dante Alighieri, Purgatório conta a história de Dante Alberto, um bancário de 45 anos casado com a ex-jogadora de vôlei Gemma, mas apaixonado desde a juventude pela musa Beatriz Florence
, que vive há décadas em terras francesas. Até Virgílio não escapa dessa versão ‘aligheriana’ moderna: discreto, solteiro e homossexual assumido, ele é subgerente no mesmo banco de Dante e, ao invés de grande poeta, é um escritor frustrado mesmo. Em meio à ‘síndrome de Pantagruel’ de Gemma (a mulher não pára de crescer!), médiuns anãs e (des)encontros transcedentais, a temática da história – que foi originalmente publicada em folhetim no jornal O Estado de São Paulo, envolve uma discussão sobre a culpa e o pecado nos dias de hoje. E, como explica o autor, “o que é pecado hoje? Não digo apenas diante da Igreja, mas diante dos nossos semelhantes. Quem são os honestos hoje? Quem iria para o céu, o purgatório ou o inferno?”.– Num ano atípico como este, aliás os últimos anos todos têm sido atípicos, eu sugiro o velho e bom CDB. É sempre bom não arriscar. Mas, como gerente, tenho que pensar na cliente. Quanto é que a senhora quer aplicar?
A velhinha sorriu, sabia que estava em boas mãos. O gerente, com aquela gravata vermelha listradinha, passava segurança.
– Duzentos.
– Duzentos mil?
– Duzentos reais.
Dante teve que manter a mesma bancária cara. Duzentos reais! Passou uns papéis para ela preencher. Pela lentidão que ela demonstrou ao iniciar a primeira linha, ele pediu licença e foi até a mesa do sub, seu amigo de infância, Virgílio.
Dante tem 45 anos e vem contando, já há algum tempo, quantos anos faltam para se aposentar. Altura mediana, como convém a um gerente de banco, magro, aparenta menos do que a idade. Camisa branca, a gravata vermelha, calça preta com vinco. Sapato engraxado, fumante inveterado, o que faz com que, de meia em meia hora, vá ao banheiro do andar de cima (mais arejado) dar suas tragadas. Nariz aquilino, como diria Machado de Assis.
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