
As contribuições reunidas nesta coletânea focalizam as transformações territoriais produzidas pelas agriculturas empresariais e, ao mesmo tempo, visam analisar as mudanças que têm sido notadas em suas estratégias de produção e expansão na América do Sul.
Delineiam modos de produzir que se baseiam na intensificação do uso dos recursos (naturais, técnicos e financeiros) e que são crescentemente influenciados pelas estratégias capitalistas dos seus principais atores e pela presença de grandes corporações ao longo das cadeias globais de valor.
Essas modalidades traduzem-se pela concentração da terra e dos meios de produção, pela maior inserção da agricultura nos circuitos financeiros e por um maior adensamento da concorrência que acirra a pressão sobre os recursos produtivos em diversas escalas.
A expansão de tais agriculturas promove uma nova divisão espacial da produção e do trabalho e introduz novas questões acerca da inserção dos espaços rurais na globalização.
Os seguintes aspectos ensejam tais questionamentos: as inovações organizacionais que são adaptadas às especificidades da produção agrícola, a atuação multilocal e o processo de territorialização das empresas agrícolas, a dinâmica concorrencial e colaborativa entre elas. e as relações com os outros atores, tanto situados no local quanto inseridos em outros níveis das cadeias produtivas.
Agriculturas Empresariais E Espaços Rurais Na Globalização é, nesse sentido, um esforço coletivo de reflexão acerca dessas mudanças, e o faz a partir de diversas pesquisas orientadas por diferentes perspectivas teóricas.
Os autores que contribuíram com essa coletânea são especialistas no tema e estão inseridos em instituições de ensino e pesquisa na Argentina, no Brasil, na Bolívia e no Uruguai.
Agriculturas Empresariais E Espaços Rurais Na Globalização foi dividido em três partes, cada qual composta por quatro capítulos, objetivando aprofundar diversos aspectos subjacentes à sua temática:
1) a implementação de um “modelo” agrícola inédito tendo como base a incorporação de inovações e mudanças no controle e gestão dos recursos;
2) a construção de um contexto macroeconômico de incentivo e de controle muitas vezes favorável a atividades agropecuárias empresariais; e
3) situações de coexistência entre atores com distintos objetivos e lógicas de inserção nos espaços rurais.











