
Liberdade Vigiada: Praga 1968
- Ciências Sociais, História
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Roger Garaudy - Liberdade Vigiada: Praga 1968
Este livro, concebido no tempo da esperança, é escrito nos dias do luto.
Quando da sessão de janeiro de 1968 de seu Comitê Central o Partido Comunista da Tchecoslováquia elaborou o projeto de uma “renovação do socialismo”: pôr fim ao centralismo burocrático com toda energia, democratizar a vida do Partido e do Estado, criar condições para uma participação ativa das massas na orientação e direção do país.
Essa renovação atingia todos os aspectos da atividade nacional: criação de novas formas de gestão socialista da economia nacional, nascimento de uma verdadeira democracia socialista, nova definição do papel dirigente da classe operária e de suas relações com a cultura e os intelectuais, construção de um verdadeiro socialismo humanista.
A intervenção política, seguida da intervenção militar dos atuais dirigentes da União Soviética e de alguns de seus parceiros do Pacto de Varsóvia, matou essa esperança.
Quaisquer que possam ter sido os riscos internos, as dificuldades e os possíveis erros da experiência, problema do qual os próprios dirigentes tinham plena consciência, quaisquer que possam ter sido os obstáculos externos contra os quais se chocou e momentaneamente se esboroou, o empreendimento se revelava tão cheio de promessas que despertou no seio de todos os amigos do socialismo na França sentimentos fraternais.
Pareceu- nos, pois, necessário não deixar de reunir alguns fragmentos significativos de um dossiê tchecoslovaco, primeiramente porque, em virtude da analogia das estruturas sociais anteriores deste país com a França (trata-se em ambos os casos de países nos quais os problemas da edificação do socialismo partem de economias já altamente desenvolvidas) e também em virtude de certas analogias políticas (uma velha tradição de democracia burguesa), o modelo tchecoslovaco mais se aproxima de nossas condições do que os “modelos” de socialismo construídos com base em países técnica e economicamente atrasados, em nações de prevalência camponesa, em regimes onde haviam reinado, até o advento do socialismo, princípios autocráticos e semifeudais.
Os comunistas tchecos não pretendiam, aliás, de modo algum, criar um modelo universal, mas sim um modelo que correspondesse a um certo nível de desenvolvimento alcançado por seu país.
A evocação da grande esperança de janeiro a agosto de 1968 permitirá também avaliar as etapas da ressurreição do socialismo tcheco, que é uma necessidade inelutável no movimento irreversível desta última terça parte do século XX.
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