
Reexistir
- Artes, Cinema, Dança, Literatura, Música, Poesia
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Jaqueline Lima Santos & Outros (Orgs.) - Reexistir: Apontamentos Da Articulação Entre Cultura E Política De Periferias
Em Reexistir, a partir de dilemas da ação política emancipatória e na conjuntura de crise de hegemonia no Brasil, apontamos os denominados coletivos de cultura como um dos principais instrumentos de articulação em periferias, onde organizam narrativas sobre a história, a realidade e novas expectativas de vida.
Por meio da música, poesia, literatura, dança, artes visuais, comunicação, teatro, esses grupos elaboram um olhar sobre a conjuntura baseado em suas experiências cotidianas, se posicionam politicamente e têm uma influência significativa entre aqueles/as que vivem em seus contextos de atuação.
A intervenção territorial baseada na realidade enfrentada no dia a dia, onde se colocam como autores de si próprios – que continuamente reexistem –, faz com que esses grupos construam contra-narrativas frente às tentativas de avanço do conservadorismo.
Nestes contextos as expressões culturais não aparecem dissociadas das agendas emergentes locais, como o enfrentamento da violência (das polícias e do crime), direito à moradia, à cidade, à educação, à saúde, aos bens culturais etc.
Desta forma, os coletivos culturais de periferias concentram atores estratégicos para qualificar o debate e disputa política, num diálogo com os termos que estes sujeitos tem expressado.
Apresentamos aqui algumas estratégias de leitura contextual desses grupos – destacando também caminhos para um necessário avanço empírico para continuidade da análise –, com o objetivo de buscar uma maior articulação entre atuação, demandas e orientações para a ação política.
Se por um lado coletivos reivindicam espaço, reconhecimento e valorização das suas práticas culturais, resistindo à violência de Estado, ao racismo, à pobreza, à estigmatização de suas formas de ser e viver, por outro temem os usos e a apropriação que se faz de suas práticas e de sua agência.
Quando se anuncia uma adesão, seja à esquerda ou à direita, às práticas que ativistas periféricos lutam para manter sem considerar mudanças que estes compreendem necessárias quanto ao lugar que ocupam enquanto sujeitos subalternizados, os chamados coletivos têm se posicionado criticamente.
Neste sentido, apontam que não existem transformações reais se a “celebração da diversidade” não é acompanhada da mobilidade simbólica e material de seus produtores, bem como do reconhecimento de sua condição de sujeitos.
Como dizem as/os próprias/os ativistas: mobilidade das tradições sem mobilidade dos sujeitos é apropriação cultural.
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